sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Vivendo e aprendendo

"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela." (Charles Chaplin)
Ensinaram-me a não ter mais medo, que a vida tem valor e que este não é um filme que deve ser apenas assistido, mas também atuado. Neste filme, a atriz principal sou eu.
Hoje, me sinto como a muito não me sentia, na verdade, nunca me senti assim. Pela primeira vez me sinto disposta a fazer coisas e viver a vida que eu mesma e auxílio da graça Divina preparamos. Agora não penso é por ele, penso e me sinto melhor afirmando: é por nós (eu, você e Deus).
Deus me concedeu um dom de acolher e a fazer coisas pelo meu próximo, principalmente quando se trata de minha família e de meus amigos. Mas percebi que usava erroneamente este dom, e que muitas vezes maltratei minha alma e meu Criador. Então, de que adianta ter tal ferramenta se eu ainda não aprendi a usá-la? Uma hora o sistema pifa e serei apenas uma peça inútil e sem valor abandonada em um canto. Aqueles que foram beneficiados por tal ferramenta não virão em busca dela para reformar e fazê-la nova. Aprendi isso, quando no momento em que mais precisei não encontrei uma mãozinha daquele que tinha levado meus pés e meus braços quando eu só oferecia uma mão.
A vida é dura, mas comparado a quê?”
Eu comparo a dureza da vida quando me deparo com pessoas ingratas, que não reconhecem o tamanho do Amor Sacramentado e o valor das criaturas que atuam como anjos aqui na Terra. Percebo que é neste momento que devo agir como serva; noto que não é um abandonado que precisa das palavras de vida e sim esses “cegos” do Amor perfeito.
Mas não são todos os humanos desconhecedores. Felizmente há pessoas de fato humanas, pessoas que ouvem o chamado do Eterno e pessoas que ao serem resgatas por semelhantes seu, ficam comovidos e se sentem tocados a trabalhar para obra do Pai como forma de demonstrar a eterna gratidão.
Longe de mim querer ser santa ou anjo, mas faço o que está em meu alcance para proporcionar um sorriso no rosto daqueles que há muito esqueceram o que é esticar os lábios e mostrar os dentes em um movimento sincronizado. Não precisa emitir um som, apenas gerar no olhar um brilho de esperança.
"Para Adorar, tive que aprender a amar"
Quando aprendi a não ter medo, acabei por descobrir em mim mesma a ausência de um sorriso, de uma alegria e de uma esperança no olhar. Que muitas vezes ou quase sempre me diminuir e me fiz inferiorizada, não dei valor a mim mesma. Descobrir que eu proporcionei ao próximo aquilo que não tinha dentro de mim, e que este surgia rapidamente, de forma passageira ao “fazer o bem sem saber a quem”. Então pergunto a mim mesma: é isso que Deus quer de mim? É isso que quero para mim?
Quero sorrir verdadeiramente, ter a felicidade plena que é marcada sim por algumas dores, mas como diz um amigo: “é a dor mais doce do mundo, pois brota do amor sentido, e cada um de nós apenas passaria pela vida sem viver se não a sentíssemos.”
As dores, as cruzes, as dificuldades e os obstáculos estão nos caminhos para serem superados. Se eu esbarrar neles, não devo permanecer no chão, pelo contrário, tenho e devo lembrar que mais a frente existe outro obstáculo a ser superado e caída no chão jamais chegarei à linha de chegada.
Agora, ao perceber a bela obra que sou eu, que tenho uma natureza digna de uma criatura de Deus e que este habita em mim; digo e afirmo que irei mudar e nunca mais depreciar-me.
Então, por meio destas palavras que não expressam completamente o que sinto e penso é que torno a afirmar um compromisso que ontem eu assumi com uma das pessoas de minha vida: se é para mim, você e ele enxergar que Deus nos ama como somos, que nós somos as pessoas mais bonitas do mundo, que também somos instrumentos de Deus, que nós somos belos pelo o que fazemos e seguimos é que aceito sim entrar nessa onda de fazer-me nova e renovada e de passar este aprendizado àqueles que esbarrarem em meu caminho.
São Luís, 27/ 06/ 2010
Aline Xavier Bras

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