quinta-feira, 11 de abril de 2013

Universidade: um fruto da Igreja


Ao longo do nosso Ensino Médio aprendemos que a Idade Média foi um período de trevas, com perdas culturais e de todo e qualquer conhecimento, ou seja, decadência. Mas hoje em dia, são muitos os estudos que desmitifica essa falsa teoria. A Idade Média foi nada mais e nada menos do que o período de desenvolvimento intelectual para o mundo ocidental, período onde se desenvolve por intermédio da Igreja o sistema universitário. Muitos não admitem, mais na época, a Igreja era “a única instituição na Europa que manifestava um interesse consistente pela preservação e cultivo do saber”, afirma o historiador Lowrie Daly.
Tendo seus primórdios nas “escolas das catedrais e nas posteriores reuniões informais de professores e alunos”, as universidades ganham corpo e forma na segunda metade do século XII com o Papado desempenhando “um papel capital na fundação e incentivo” das mesmas. Nesta época, cabia ao Papa ou imperador emitir o diploma sendo que em 1254, Papa Inocêncio IV abre uma exceção à Universidade de Oxford o que contribuiu para a disseminação do conhecimento e comunidade acadêmica.
Este período de desenvolvimento do sistema universitário foi marcado também por conflitos sociais. Esses conflitos eram basicamente entre universidades (estudantes) e o povo. O que acontecia? Que conflitos eram esses? Pois bem, a chegada de estudantes universitários em uma cidade levantava dois pontos: um positivo e outro negativo. O ponto positivo consiste na movimentação do comércio, uma vez que estudantes chegavam com dinheiro, eles movimentavam a economia ao consumir produtos dos comerciantes locais. Os pontos negativos consistem na irresponsabilidade e indisciplinas de alguns estudantes, havia também certa inconformidade dos estudantes com relação aos preços de aluguéis, alimentação e material de estudos, eles achavam os valores abusivos por conta da dureza da sociedade.
Com os estudantes se sentindo ameaçados, a Igreja interveio nessa situação defendendo-os. Essa proteção foi denominada benefício do clero que consistia em protegê-los de qualquer maltrato e em caso de julgamento, eles tinham direito de serem julgados pelo tribunal eclesiástico e não pelo tribunal civil. No ano de 1231, o papa Gregório IX lançou a bula Parens Scientiarum, concedendo às universidades de Paris o “direito à autonomia de governo, com o qual podia elaborar as suas próprias regras a respeito dos cursos e pesquisas”. Por meio deste documento a universidade entra na história “como uma corporação intelectual plenamente formada, destinada ao preparo e aperfeiçoamento acadêmicos”.
Progresso... Para a Idade das Trevas, esse período trouxe para a sociedade em geral bastante luz, luz essa que se estende e como um espelho, reflete a imagem do que foi e do que é até os dias atuais. E dentro dessas luzes, não poderíamos deixar de falar da Idade Escolástica.
A escolástica teve seus primeiros indícios de desenvolvimento no momento em que professores motivavam os alunos a desenvolver a falácia lógica. Eles saiam em busca de estudantes que formulassem argumentos logicamente sólidos.  A escolástica se caracterizava pelo “uso da razão como ferramenta” principal dos estudos teológicos e filosóficos e para a dialética. Alguns dos primeiros escolásticos da história foram: Santo Anselmo de Cantuária, Pedro Abelardo e São Tomás de Aquino. A escolástica se desenvolvendo, diversas teorias fundamentadas na razão ganhava corpo e contribuía diretamente para o conhecimento aprofundado de correntes teológicas e filosóficas.
Períodos de riquezas materiais e imateriais; é assim que a Idade Média precisa ser vista. A Igreja, antes de ser condenada de matar e torturar inocentes deveria e deve ser lembrada pelo legado que hoje nos concede. Graças à força de vontade da Igreja Católica, “a única instituição na Europa que manifestava um interesse consistente pela preservação e cultivo do saber”, desposamos de materiais essenciais para o aprofundamento científico e mais do que isso, contamos com o berço desse conhecimento: a Universidade.
Precisamos aprender muito sobre tudo o que rege a história. A Igreja que é santa e una abriu as portas para a reconstrução do mundo ocidental. Servindo de exemplo e mostrando as mais diversas possibilidades de crescimento científico e tecnológico, a Igreja fez questão de não aprisionar para si tudo aquilo que era descoberto, pelo contrário, ela queria apresentar ao mundo as possibilidades de levantar-se em meio à destruição. Prova disso é de fato a universidade. Fonte de conhecimento universal, contato não apenas com um pequeno espaço, mas com todo o espaço, com todas as culturas e formas de pensar.

São Luís, 10/04/2013
Aline Xavier Bras

sábado, 6 de abril de 2013

A moda do vestir-se



Assim como as drogas, as violências, as corrupções... a moda também tem se tornado um grande problema para a sociedade. Exagero? Infelizmente não, uma triste realidade que precisa ser refletida.
A cada dia que passa, fico espantada com o vestir de muitas moças e senhoras que andam por aí. Pior do que vestir-se, é a ignorância sobre o malefício que este gera dentro de uma sociedade; e o descaso ao próprio corpo é surpreendente. Tão contrário à modéstia de tempos atrás, a moda tem disseminado uma forma de vestir que diminuí a mulher simplesmente a uma coisa qualquer. Como assim? Já repararam como os homens olham e comentam ao ver uma mulher praticamente seminua? Pois é, não são olhares de respeito e admiração, mas um olhar de quem diz: “essa ta no ponto” ou “essa não vale nada, qualquer um pode passar a mão”. Exagero, também não. O mal vestir é um convite para que homens e até mesmo outras mulheres façam comentários de mau gosto. Mas acima disso, gostaria de ressaltar outro fato mais entristecedor: algumas mulheres que freqüentam a Igreja parecem esquecer o quanto o seu corpo é sagrado. Usei o termo “mulheres que freqüentam a Igreja” propositadamente, pois acredito que uma verdadeira religiosa não colocaria os pés em solo sagrado de qualquer forma.
Tempos atrás, ainda acreditava-se que as pessoas teriam cautela ao vestir-se para entrar na Igreja. Infelizmente, nem mesmos os lugares sagrados foram respeitados. Homens e mulheres parecem querer fazer da igreja um local de disputa de quem está “bem mais vestida”, quer dizer, menos vestida; e nesse disputar acabam chamando todas as atenções para si, ignorando o aspecto moral de si mesmo. Infelizmente, no mundo de hoje, a maioria das pessoas não compreendem que vestir-se decentemente é uma contribuição da sociedade para uma bem intencionada civilidade. Mas alguns outros aspectos podem ser usados para esclarecer o porquê devemos nos vestir bem.
 Em um livro denominado Seletas de textos sobre a modéstia, em uma Alocução do Papa Pio XII ao Congresso da “União Latina de Alta Costura, expõe três pontos que justificam a razão para o vesti. Conforme o texto são os seguintes pontos: higiene, decência e adorno.
A higiene é referente ao clima, “sua variação e outro fatores externo como possível causa de desconforto ou enfermidade” que em casos de saúde, deve ser respeitado. A decência inclui uma “consideração apropriada para a sensibilidade como defesa da honestidade moral e um escudo contra a sensualidade desordenada”; a decência no vestir é uma forma do homem preservar e defender os seus bens (corpo) de desejos indiscriminados, ou seja, uma das formas de proteger tais bens está sobre o vestir-se de forma adequada. Por fim, o adorno, que consiste no embelezamento da pessoa, é uma tendência natural de modo especial, das mulheres. O adorno deve ser utilizado com o objetivo de melhorar a beleza moral, distraindo “a atenção dos sentidos e concentrando a reflexão do espírito”.
O vestir-se, além de ser algo saudável, é também uma forma de comunicar ou externar aquilo que temos dentro de nós. “O vestir tem sua própria linguagem multiforme e eficaz”, capaz de expressar alegrias e tristezas, autoridade e poder, sagrado e até mesmo o profano. O vestir, também pode ser algo manipulado, capaz de gerar uma falsa imagem.
Inicialmente comecei esta reflexão ressaltando aspectos reais do mau uso das vestimentas nos dias atuais e de fato, existe um péssimo uso deste instrumento que poderia ser uma bela arte. Justamente, a moda do vestir-se é uma arte que “se dedica expressamente a melhorar a beleza física”, mas cujo problema consiste “numa reconciliação harmoniosa da ornamentação exterior da pessoa com o interior de ‘um espírito suave e pacífico’.
Desta forma, encerro este pensamento afirmando que no vestir-se, a pessoa deve ter em mente uma valorização de si, entender que antes de qualquer coisa, o corpo precisa ser preservado, não somente por ser obra e templo de Deus (é o essencial), mas para que aos olhos dos homens (que muitas vezes não entendem o sagrado) mostre respeito próprio, ou seja, eu me respeito primeiro para que o outro possa me respeitar.

São Luís, 05/04/2013
Aline Xavier Bras

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Os monges também são heróis


Eis que aqui conheceremos os mais novos heróis da história da humanidade. Sim, homens que primeiro buscaram o reino dos céus por meio de intensos exercícios de virtudes para que com a maior ferramenta do mundo, salvassem a civilização ocidental.
Os monges, inicialmente eram conhecidos como religiosos que se isolavam da sociedade. No século III, os monges saíam para os desertos como forma de renunciar tudo o que era mundano e lá permaneciam em constante oração. Tempos depois, reconhecendo que este isolamento era prejudicial a vida, foi reconhecido que estes, assim como todos os homens precisam viver em comunidade, desta forma, monges passam a viver de forma comum, ou seja, eles se mudam param os mosteiros. Após a eleição de um monge para o papado (Celestino V), o monaquismo passa a ganhar espaço na história do ocidente.
Santa Atanásio com suas viagens e João Cassiano com seus escritos começam a exercer algumas influências no mundo ocidental, mas São Bento foi aquele que mais contribuiu para o ocidente fundando pequenas comunidades de monges nas proximidades de Roma. A forma como colocava em ordem o grande mosteiro facilitou a difusão de suas regras pela Europa, essa regra foi conhecida como Regra de São Bento. Mas porque tais mosteiros ganharam espaços tão facilmente? Bem, os mosteiros beneditinos ofereciam aos monges alimentação e descanso adequado, sendo que no período penitencial o regime se tornava mais austero; já os mosteiros irlandeses se caracterizavam pela rigorosidade e severas privações. Desta forma, os monges quando se retiravam para viver em um mosteiro beneditino, se comprometia em “cultivar uma vida espiritual mais disciplinada e dedicada a trabalhar pela sua salvação”.
Mas ao longo do tempo, os monges enfrentaram algumas batalhas. O historiador Thoomas E. Woods afirma que o Monte Cassino, a casa mãe dos beneditinos foi “saqueada pelos bárbaros lombardos em 539, destruídos pelos sarracenos em 884, arrasados por um terremoto em 1349, pilhada pelas tropas francesas em 1779 e arrasada por bombas durante a Segunda Guerra Mundial em 1944”, mas sempre os monges tornavam a reconstruir sua casa.
É preciso então dizer que além de se reestruturar a cada ataque, os monges não exerciam mudanças apenas nas igrejas ocidentais, pelo contrário, a sociedade monástica passou a reconhecê-los por sua humildade e regime espiritual.
Segundo relatos históricos, umas das maiores influências beneditinas para a sociedade foi a agricultura. No século XX, o presidente da Massachussetts Agricultural College afirma que eles “salvaram a agricultura quando ninguém mais poderia fazê-lo”, pois eles “praticaram-na no contexto de uma nova forma de vida e de novas condições”.  Os monges ao longo de sua existência “introduziam plantações, indústrias e métodos de produção desconhecidos do povo”; criavam gado e cavalos, além de abelhas. Eles também “represavam as águas das nascentes a fim de distribuí-las em tempos de secas. Além de serem responsáveis pelo progresso da agricultura, pela descoberta do processo de irrigação, aos monges também cabe o título de pioneiros na produção do vinho e também do champanhe, além de terem sido eles os principais colaboradores para os sistemas tecnológicos, exemplo, sistema hidráulico. Outra curiosidade: primeiro relógio que se tem notícia foi fabricado por Papa Silvestre, mas uma colaboração dos nossos monges!
Os monges também tiveram uma grande oportunidade de fazer a Europa passar por um grande progresso industrial, mas que foi barrado devido a ganância de Henrique VIII. McDonnell “acha que os monges estiveram perto de construir fornos para uma produção de ferro fundido em larga escala”, pois alguns mosteiros apresentavam fornos com grande potencial de fundição. Mas dentro dessas condições, “ao suprimir os mosteiros da Inglaterra, Henrique VIII quebrou esse potencial”. Se não fosse o interesse de se apossar dos bens da Igreja, a Europa teria passado por uma grande revolução industrial mais cedo do que se esperava.
Esses monges realmente são heróis que venceram muitas batalhas. São servos de atitudes, que utilizaram de forma corretíssima suas competências e habilidades em prol do bem da sociedade. Não se conformaram apenas com progressos tecnológico, mas com a partilha de conhecimento, ou seja, os mosteiros eram também centro de ensino. Os monges, ao longo de suas missões, fundaram escolas e se tornaram professores, essas foram algumas ações que deram bases para que futuramente surgissem as universidades com pensamentos políticos e religiosos.
Desta forma, afirmo que os monges de fato são grandes heróis não reconhecidos pela história. Graças a eles, teve início o progresso de ordem científico-tecnológico e que repercute nos dias de hoje!

São Luís, 04/04/2013
Aline Xavier Bras

terça-feira, 2 de abril de 2013

Uma luz nas trevas




É dever de todo cristão católico buscar conhecer a Santa Igreja a cada momento. Conhecer não apenas o que ela faz hoje, mas aquilo que ela fez e deixou de fazer; conhecer o seu processo de evolução para que no dia a dia não caiamos nas ciladas da ignorância.
Para que justamente possamos nos aprofundar na história da Igreja, é que resolvi mudar um pouco o meu contexto de escrita, a fim de partilhar com todos os seguidores um pouco da história. Não é algo muito profundo, mas que ajudará cada leitor a refletir um pouco. Hoje, vamos fazer uma breve análise sobre a Idade das Trevas, apresentado a postura da Igreja diante deste período marcado pelo declínio e pela luta da Igreja para evitar a total destruição.
Bem, a expressão Idade das Trevas consiste no milênio que transcorreu o fim da Antiguidade e o Renascimento. Baseada na cultura Greco-romana e da época do Renascimento, para alguns historiadores, este foi um período com pouco desenvolvimento cultural e científico. Tais historiadores culpam a Igreja, pois segundo eles, “por colocar a fé como único caminho a ser seguido”, o avanço não ocorria. Mas, o que muitos não fazem questão de querer saber é que tal retrocesso foi ocasionado pelas invasões bárbaras e que, se não fosse a Igreja, os resultados teriam sido bem ruins, pois era a Igreja quem ali lutava para impedir tal declínio. O historiador Will Durant afirma que “A principal causa do retrocesso cultural não foi o cristianismo, mas a invasão bárbara; não a religião, mas a guerra. Os aluviões humanos arruinaram ou empobreceram cidades, mosteiros, bibliotecas, escolas, e tornaram impossível a vida dos estudantes e dos cientistas. Mas a ruína talvez fosse muito maior se a Igreja não tivesse mantido uma certa ordem em uma civilização que se desintegrava.”
Durante o século III, a dedicação dos generais romanos consistia em fazer imperadores e não em proteger as fronteiras contra os bárbaros, o que acabou por facilitar as invasões, cuja decadência variava conforme as tribos, que se diferenciavam entre si, sendo alguns hostis e outros não.
Diante das ruínas, estando o Império Romano do Ocidente completamente dividido e sem ordem política, a Igreja tentava restabelecer alicerces de uma civilização que outrora era encantadora. De acordo com o historiador Thomas E. Woods, Carlos Magno fez todo o possível para construir a Nova Europa pós imperial sobre a religião católica. Christopher Dawson também afirma que a Igreja introduziu a lei do Evangelho e a ética do Sermão da Montanha entre os bárbaros. Nesses pequenos detalhes, a Igreja começa a semear um pouco de luz em meio às trevas. Aos poucos visigodos e outras tribos vão se deixando converter. Clovis tem sido um grande exemplo de conversão; casando-se com a católica Clotilde houve certa abertura para a disseminação da religião, dando esperança de um resgate daquilo que fora perdida. Nesta luta de esperança, religiosos acreditavam que o passo inicial era converter os monarcas ao catolicismo, já que os bárbaros se identificavam com seus líderes. Mas tal missão não foi fácil. Os sacerdotes tinham o cuidado de não impor, mas com cautela celebravam missas ao mesmo tempo em que ofereciam sacrifícios aos antigos deuses da natureza, pois “não bastava converter os bárbaros, era necessário guiá-los” a fim de garantir e consolidar a fé por meio da conversão, transformando-a em um modo de vida.
A Igreja, ao longo deste trajeto revolucionário passou por algumas provações de ordem interna e externa. Clovis pertencia a uma linhagem de reis merovíngios, ou seja, uma dinastia franca saliana cujos governantes se envolviam constantemente em guerras civis entre os ramos família, o que afetou a Igreja a ponto de fazer com que os sacerdotes francos que não eram fiéis às suas doutrinas se deixassem corromper pela imoralidade da época, havendo assim uma disputa pelo controle do bispado, que era para muitos, sinônimo de poder e riqueza. Para restaurar a civilização cristã, no século VIII o Papado recorre aos francos em busca de uma aliança, sendo que no século anterior, sem a proteção do império e sobre ameaça dos bárbaros bizantinos, a Igreja toma a decisão de “afastar-se dos imperadores de Constantinopla e procurar e a proteção e cooperação dos francos, que apesar de semi-bárbaros, eram convertidos ao catolicismo.
Com essa aliança se firmando, no século VIII, ao longo de um intenso processo entre merovíngios e francos, Papa Zacarias I abençoa o reino dos francos. Com esta benção, os eclesiásticos ganham a liberdade de trabalhar a restauração da civilização. Carlos Magno, o maior rei franco da época, personifica seu reinado fomentando a educação e as artes, solicitando aos bispos a organização de escolas ao redor das catedrais, o que incentivou a vida intelectual, dando inicio a Renascença Carolíngia.
“O espírito da Renascença Carolíngia nunca arrefeceu, apesar dos terríveis golpes infligidos pelos invasores vikings, magiares e muçulmanos nos séculos IX e X. Mesmo nos dias mais tenebrosos dessas invasões, o espírito de estudo permaneceu sempre vivo nos mosteiros e assim tornou possível o seu pleno renascimento em tempos mais calmos”.
Com a morte de Carlos Magno, a Igreja continua a difundir o conhecimento e a expandir a educação. Em aldeia e cidades, os sacerdotes abriam escolas e desempenhavam a tarefa de educar sem pedir nada em troca.
 Na Europa, a Igreja foi a única luz que sobreviveu às constantes invasões bárbaras dos séculos IV e V. Em meio a tantas invasões e ataques a determinação de monges, sacerdotes e religiosos foi essencial para que futuramente a cultura e a educação fosse disseminada. Muitos professores religiosos surgiram e com tantos estudos, eles tornaram-se essenciais para o progresso. Destes, o maior fruto da Igreja foi o desenvolvimento do sistema universitário.
É desta forma, que a Igreja, apesar dos erros cometidos por alguns religiosos, conseguiu reconstruir uma civilização. Por meio do amor e da dedicação, superou ataques e enfrentou batalhas. Graças à sua prontidão e resistência a ciência continua a progredir. 

São Luís, 02/04/2013
Aline Xavier Bras

segunda-feira, 1 de abril de 2013

A Igreja é indispensável



                Estamos vivendo um período de crise na fé, um período em que na atualidade, todos os que não conhecem verdadeiramente a Santa Igreja, ridicularizam-na por ela buscar implantar na sociedade questões que valorizam os homens como seres humanos. Na verdade, quão mesquinho é este ser humano que a Igreja Católica tanto defende.
No mundo atual, diante de tantas informações, o ensino continua na mediocridade de apresentar de forma distorcida aos nossos jovens que a Igreja foi uma inquisidora, uma repressora ignorante. Esquecem-se que graças à Igreja Católica, e somente a ela é que surgiu um sistema universitário no mundo ocidental, graças à Igreja houve um investimento nas ciências, na medicina e um sistema jurídico básico voltado à sociedade. A Igreja, dentro de uma sociedade que sempre viveu o progresso, buscou extrair o que há de bom em cada fato que influencia essa transformação. Foi dito ainda pouco que graças à Igreja Católica o mundo ocidental cresceu na ciência e outros. Para esse crescimento, a Igreja extraiu tudo aquilo que Roma e Grécia deixaram de positivo, de edificador para formar e construir a civilização. Com essas informações, é preciso entender como a Igreja trabalha, reconhecendo que ela é santa. Santa sim, mas dentro dela existem pessoas humanas e são elas que erram. Exemplo do que é dito é a realidade da Inquisição. Houve falhas sim, mas por meios de estudos, sabemos que a “Inquisição não foi nem de longe tão dura como se costuma retratá-la e que o número de pessoas levadas aos seus tribunais foi muito menor”. (Woods, 2008)
Desta forma, enquanto a mídia interesseira deturpa todos os tipos de informações que desconstrói uma imagem cristã, católicos e representantes da Santa Igreja estão saindo mundo a fora promovendo ainda hoje a Revolução Científica que resgata a dignidade de pessoas que há muito se encontram em uma vala qualquer proporcionado por um mundo de corrupção e egoísmo. Enquanto o a história esconde a importância e o papel da Igreja para o desenvolvimento da ciência, em silêncio buscamos salvar vidas.
Enquanto somos alvo de chacota de ignorantes contemporâneos, estamos nós, Igreja Católica indo nos becos e ruas acolher e salvar pessoas que de tanto sofrer, podem ser comparadas a animais selvagens, estamos nas ruas e nas guerras dando comida e bebida a quem tem fome e tem sede. Enquanto nossos governantes aprovam a lei do aborto, estamos tirando jovens do mundo das drogas e promovendo eventos em prol da vida e da dignidade humana.  Enquanto políticos estão enchendo os seus bolsos com o dinheiro do povo, a Igreja está dentro das prisões tentando resgatar pessoas que são excluídas de uma vida social, está construindo casas de apoio e recuperação às pessoas que necessitam de cuidado.
Imaginem um mundo em a Igreja... Imaginem uma sociedade sem princípios...
A Igreja não é só um lugar de comunhão, mas é também um lugar que dá sentido ao existir humano!
São Luís, 01/04/2013
Aline Xavier Bras