segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Forças para caminhar



Muitas vezes me deparo com uma realidade que me deixa sem forças e sem vontade de caminhar, mas sei que permanecer parada não me levará a lugar nenhum. O que fazer?
O único caminho neste momento é saber procurar nos lugares mais simples e até mesmo óbvios a única força capaz de nos amparar nesses momentos. Sim, óbvios, pois é nos momentos em que tudo perde a cor e o brilho diante de nossos olhos que Deus se faz presente bem ao meu lado, e se duvidar, segurando a minha mão. É nesse momento, que vejo diante das minhas impurezas, que Deus escolhe o meu coração para fazer morada. Mas, o que Deus viu em mim para escolher justamente a minha pessoa, fraca, pecadora e muitas vezes sem fé para habitar? Deus viu tudo, viu que sou imagem e semelhança dele; viu que em meu coração existe um desejo imenso de ser toda e inteiramente dele e que se me deixo envolver pelo sofrimento à minha volta, é porque simplesmente sou humana e frágil, que como criança, necessita de seu amparo para ganhar impulso e retornar para a estrada da vida.
Isso tudo gera uma grande dor, dor essa que não me faz sentir condenada. Tal sentimento de condenação me fortifica com o passar do tempo, pois é justamente essa dor que diz que a parti dos meus erros, encontrarei meus limites, descobrindo até que ponto sou capaz de chegar. É esse o caminho da cruz, que me faz compreender que sem essa dor, sou completamente incapaz de amar e de me doar.
Desta forma, tento esquecer que neste mundo não sou a única a sofrer, não sou a única a querer desistir. Existe um Alguém que cuia de mim e grita de uma forma que acalenta: VAI CAMINHAR, POIS EU ESTOU TE DANDO FORÇAS!
Ande eu pelos caminhos inadequados, cometendo erros e mais erros, duas pessoas sempre permanecerão do meu lado, meu Pai e minha mãe. São essas as únicas pessoas que nunca desistirão de mim. Desta forma, encontro neles forças para caminhar e persistir em lutar. Os erros não me condenarão, mas permanecer neles por livre vontade sim.
Em um mundo que se faz trevas, devo usar esses erros para continuar a batalha de na minha simplicidade tentar mudar as tristes realidades. Devo não temer a cruz e seguir em frente, com fé e oração suportando as tribulações, vendo que dentro de mim habita um Deus que se fez carne e por amor deu sua vida.
“Teu amor é como a rocha que não se quebra jamais. Teu amor é como o sol a nascer toda manhã. É um amor que me constrange, que me envolve e me aquece. Esse amor és tu Senhor...”
São Luís, 27/02/2012
Aline Xavier Bras

domingo, 26 de fevereiro de 2012

A experiência de viver uma missa Tridentina



“Do céu me destes o pão. Que contém todo sabor.”
Essas são as palavras que no meu pensar, melhor caracteriza a Missa Tridentina.
Hoje, foi um dos dias mais felizes de minha vida, dia em que realizei um dos meus sonhos. Participa e viver a Missa Tridentina foi voltar no tempo e presenciar o sacríficio do Verbo que se fez Carne por amor. Somente por amor, deu sua própria vida não apenas àqueles que vivem na terra, mas àqueles que há muito partiram de nosso meio, pois o Verbo Divino, também veio pelas almas que se encontram no limbo e no inferno.
Completamente diferente das missas atuais, a Missa Tridentina tem o poder de manter nossa atenção completamente voltada ao que ocorre no altar. O sacerdote de frente para o altar junto com os acólitos, o entoar de sua voz é baixa, devido a ausência do microfone. Isso faz com que o silêncio reine dentro do templo. E o que dizer dos cantos gregorianos? Lindo, suave e salutar, respeitando a realidade que circunda todo o local: o sacríficio do coordeiro!
Mas, o foco, sem dúvida, o ápice é a consagração do pão e do vinho. Todos os momentos anteriores: oração ao pé do altar, confissão do celebrante e dos fiéis, subida ao altar, incensação do altar, kýrie, glória in excélsis, coleta, ofertório, oferecimento do pão e do cálice, nada se compara a realização do sacríficio, momento sublime e de grande valor para a libertação de todas as almas que ali se entregam ao Deus tão grande que se faz pequeno em um pedaço de pão.
“Dómine, non sum dígnus, ut intres sub tectum meum, sed tantum dic verbo, et sanábitur ánima mea.”
Mas do que nunca, eu compreendi que sou indigna sim da morada de Deus em minha casa, mas aprendi que diante da escolha de viver a humildade, nas pequenas coisas me faço menos indigna de receber o meu Senhor e meu Deus na morada do meu coração. Deus não pede grandes coisas, e sim, ações simples e sinceras. Creio que seguindo os mandamentos e colocando em prática todos os seus pedidos e ensinamentos, além de satisfazer um desejo meu, faço bem ao próximo de modo direto e indireto.
Compreendi que o o verdadeiro céu é possível sim aqui na terra e que a misericórdia de Deus é tão grande, que mesmo diante da nossa ingratidão e do nosso julgar, Ele ainda permite que de forma bem mística, o sacríficio de dois mil anos atrás se torne atual, se renove a cada celebração eucarística.
Diante de tal fato e da incrível experiência de hoje, meu único desejo é que “o Corpo de nosso Senhor Jesus Cristo guarde a minha alma para a vida eterna.
“Corpus Dómini nostri Jesu Christi custódiat ánimam meam in vitam aetérnam.”
São Luís, 26/02/2012
Aline Xavier Bras

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Espírito Santo: uma necessidade humana



Existe em nós uma característica natural de pedir a presença de Deus em nosso meio e em nossas vidas. Essa presença ocorre por meio do Espírito Santo, que por ser uma das pessoas da Trindade Santa, nos leva a conhecer a Deus Pai e a Deus filho.
Estou aqui para falar um pouco sobre o Espírito Santo e a necessidade que temos de clamar a sua presença em nossas vidas. Mas, antes de tudo precisamos entender que a Trindade Santa é constítuida de três pessoas diferentes (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo) e que sua ação é trinitária porque a sua manifestação se dar de modo particular. Logo, deixar-se conduzir pelo Espírito Santo de Deus é o passo inicial do projeto de salvação que tanto almejamos alcançar.
1 E, cumprindo-se o dia de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo lugar
2 E de repente veio do céu um som, como de um vento veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que estavam assentados.
3 E foram vistas por eles línguas repartidas, como que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles.
4 E todos foram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem.
5 E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu.
6 E, quando aquele som ocorreu, ajuntou-se uma multidão, e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.
7 E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois quê! não são galileus todos esses homens que estão falando?
8 Como, pois, os ouvimos, cada um, na nossa própria língua em que somos nascidos?
9 Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Ásia,
10 E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos,
11 Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus.
12 E todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer?
13 E outros, zombando, diziam: Estão cheios de mosto.
14 Pedro, porém, pondo-se em pé com os onze, levantou a sua voz, e disse-lhes: Homens judeus, e todos os que habitais em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras.
15 Estes homens não estão embriagados, como vós pensais, sendo a terceira hora do dia.
16 Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel:
17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne
18 E também do meu Espírito derramarei sobre os meus servos e as minhas servas naqueles dias, e profetizarão
19 E farei aparecer prodígios em cima, no céu
20 O sol se converterá em trevas, E a lua em sangue, Antes de chegar o grande e glorioso dia do Senhor
21 E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.
Quando Jesus foi crucificado, os discípulos ficaram desnorteados e abalados. O evangelho anterior nos afirma que eles viviam de portas trancadas, pois sentiam medo de serem pegos pelos judeus. O Senhor, ouvindo o clamor de seus seguidores apareceu a eles como havia prometido e enviou o Espírito Santo (João 20, 22-23), que manifestou neles os dons. A parti deste momento os discípulos sairam pela nação convertendo pessoas e dando continuidade à obra de conversão que Jesus iniciou.
O Catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 686 nos diz que “O Espírito Santo está com o Pai e o Filho do início até a consumação do Projeto de nossa salvação.”
Esse processo de salvação teve continuidade a partir do momento que o Espírito Santo veio sobre os discípulos. Eles sairam mundo a fora convertendo, curando e realizando milagres e assim tem sido até os dias de hoje pelos que se deixam ser usados. Aqui, cito como exemplo o que ocorreu em 1960 nos Estados Unidos, quando estudantes da Universidade de Duquesne se reuniram e clamaram o Espírito Santo, neste momento, alguns deles receberam alguns dons. Este foi o ápice que deu ínicio ao Movimento Renovação Carismática Católica, que se caracteriza por clamar sempre Batismo do Espírito, pois reconhecemos que o Espírito Santo é a força animadora de todo cristão e que é a parti desta força que trabalhamos para a edificação da Igreja que é santa e una.
São Luís, 22/ 02/ 2012
Aline Xavier Bras

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Pensamentos de uma jovem...

Você sabe o que é  uma crise constante existencial paixonal?
Esse negócio confunde.
Quando é pra sempre e quando é passageiro?
Quando a gente tem que dizer o que sente e por que não podemos dizer? Só porque as conseqüências são ruins? E se eu quiser contar mesmo não agüentando as conseqüências?e se eu nem souber o que eu sinto mesmo e na hora falar uma besteira e depois me arrepender, cavar um buraco e enfiar a minha cabeça???
Não quero nem pensar na vergonha que seria,nossa! Seria horrível mesmo...então acho melhor não dizer nada...é um saco ter que esperar um tempão pra descobrir o que sente mesmo.Se sou eu e eu to dentro de mim porque que é assim tão difícil?
Mas me incomoda muito isso que de vez em quando chuta dentro de mim e eu nem to grávida.
Sei lá se é paixão, e paixão nem é amor...
E precaução demais não seria um medo disfarçado?um medo de fracassar mais uma vez e de não ser correspondido? mas pensando bem ninguém tem nada a perder mesmo, aí você vai lá, se declara, não é correspondido e se lasca aí quer enfiar a cara num saco...é ninguém perde nada , só ganha uma vergonha infinita que sempre vai assombrar no caso de não ouvir a resposta que todos os esperançosos gostariam de ouvir...
Esse negócio de autoconfiança e achar que pode seguir em frente normalmente dão certo mesmo? E porque eu to escrevendo isso ouvindo a trilha sonora de 10 coisas que eu odeio em você? E eu nem gosto tanto assim de ti,mas eu também ainda não cheguei a te odiar.Só as vezes que você some e não conta nada de mais,não me traz nenhuma novidade.
O que une as pessoas são as emoções, você tem que criar laços se você quer algo com alguém, só um bom dia não basta cara,preciso saber se seu dia foi bom mesmo.É isso aí,então você não me quer,eu choro e depois você volta e o q eu não tava mais sentindo eu sinto de novo e enrola tudo, é um embaraço aí ninguém me entende porque nem eu mesmo me entendo aí eu me pergunto mais uma vez se isso existe mesmo.
Em filme dá certo né?mas na realidade é diferente ,mas e se eu for a excessão?
Isso ta acabando comigo e nem to naquela época que meus hormônios ficam loucos e me deixam desesperada.
Eu não to pronta!