sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Vai deixar saudades...




Como dizer que não vou sentir saudades se de cada um de vocês eu me separar?
Como dizer que cada um de vocês não estão gravados em meu coração?
Eu preciso admitir vocês deixam saudades,  e já deixam muitas saudades quando longe fico e quando longe estou.
Mas agora estamos aqui unidos, para iniciarmos nossos caminhos que parece estar traçado para juntos também caminharmos nesta nossa missão.
Eu sei, somos companheiros que precisam um do outro, somos amigos, somos irmãos e juntos formamos a civilização que visa construir um mundo de amor e conquistar O AMOR!
Hoje, eu reencontro o olhar de meus amigos que deixaram saudades dentro de mim.
A alegria de jovens que são exemplos de grande união.
Sonhei com este momento de juntos cantamos uma nova canção, esta canção:
Eu sei, somos companheiros que precisam um do outro, somos amigos, somos irmãos e juntos formamos a civilização que visa construir um mundo de amor e conquistar O AMOR!
Eu admito, chorei de saudades, vocês deixaram saudades em meu coração.
Mas hoje estamos aqui, e sempre vamos seguir vivendo novamente novas emoções.
Eu sei, somos companheiros que precisam um do outro, somos amigos, somos irmãos e juntos formamos a civilização que visa construir um mundo de amor e conquistar O AMOR!

 São Luís, 30/ 12/ 2011
Aline Xavier Bras

domingo, 25 de dezembro de 2011

Choro do silêncio natalino


“Os confins do universo contemplaram a salvação do nosso Deus.” Era esse o entoar do salmo de respostas que tanto me fez chorar em silêncio durante a Celebração da Palavra.  Silêncio esse que se consistia num aperto profundo do meu coração. Em plena véspera de natal, quem realmente contemplava a salvação do nosso Deus, quem realmente fazia juz a tamanho sacrifício de um Rei que por amor se fez pobre repousando junto aos bichos?
A manjedoura era seu berço de ouro, isso porque a sociedade local, assim como a atual não abriram as portas para receber Aquele que por animais e umas poucas pessoas foi contemplado no seu primeiro dia de vida.
Não quero aqui refletir hipocrisia, mas o natal deve ser um dia de alegria e paz, humanidade e fraternidade para receber o Menino Deus. No entanto, meu coração que deveria ser a manjedoura, diante de tantas contradições, tornou-se um poço de lamentações, que acolhia de forma abundante as lágrimas que não poderia eu derramar.
“A luz se manifestou para iluminar os caminhos da humanidade, que anseia por paz e fraternidade.”


A sociedade anseia por paz, mas essa mesma sociedade não parece lutar para dá esses passos que a levará a obter tamanha realidade. Saindo à rua, me deparo com uma mãe expulsando seu filho de casa. Claro que ela deve ter tido motivos, mas onde entra a tolerância e o espírito natalino? Não sou ninguém para julgar os atos desta senhora, mas sempre vale a pena tentar. Mas diante disso tudo, pior era os vizinhos, que em vez de acalmar essa senhora que sofria, motivava a intriga e ria da contrataria. Ainda existe más notícias, chegando em casa ainda ouvia a reportagem sobre uma pequenina de rua que em sua casa humilde, que não passava de um barraco feito de resto de panos, havia sido morta inicialmente por nenhuma justificativa. Mal novamente me sentia, porque a Palavra hoje também me dizia “Como são belos,  andando sobre os montes, os pés de quem anuncia e prega a paz, de quem anuncia o bem e prega a salvação...”(Is, 52, 7)
Como é triste toda essa situação que me paralisa diante de tanta dor e sofrer, quando tudo deveria ser o contrário. Sinto-me transtornada por nada ter feito, e faço deste texto um desabafo para aliviar um pouco essa dor que condena e esmaga o meu coração que hoje, por falta de uma atitude se torna inapropriado para ser a manjedoura do Rei dos reis.
“Muitas vezes o nosso encontrar com Deus consiste em olharmos para dentro de nós mesmo”. Mas, senti vergonha de olhar para meu interior e deparar-me com a covardia que dominou a mim neste dia em que poderia ter colocado um pouco de alegria num coração sedento por companhia e necessitado também de uma voz amiga que a faria  sentir viva. Poderia ter feito mais do que uma oração em família antes da santa ceia, poderia eu, na forma humilde tentar olhar para Cristo e seguir os seus passos.
Hoje, não me fiz imagem e semelhança de Deus. Fui à missa, que me fez refletir o quanto me engano com minhas poucas ações. Agora entendo o que é morrer e dá a vida por amor. Sei que este parece ainda está tão longe de mim e ao mesmo tempo tão perto, bastando apenas eu agir de forma decisiva.
João anunciava a vinda de Cristo, suas palavras de sabedoria e amor faziam com que as pessoas o confundissem com o Messias, mas tamanha era sua humildade que ele respondia que nem mesmo de amarrar as amarras da sandália do Senhor ele era digno. Sinto-me indigna de tantas coisas, mas mesmo assim deveria fazer algo, seguir os passos de uma verdadeira cristã.
Belos são os pés dos mensageiros que anunciam a paz  e o Senhor.
Sem mais palavras, tenho comigo o choro do silêncio natalino. Choro que sufoca mais que deseja não cometer novamente essa discrepância.
Meus caríssimos, neste texto venho pedir que cada um de vocês reflitam sobre seus atos e gestos. Não se igualem a mim que faço do meu destino incerto por não seguir os passos daquilo que dentro da cristandade é certo. Vivam e entreguem-se verdadeiramente a Deus que hoje renasceu somente por amor!

São Luís, 25/ 12/ 2011
Aline Xavier Bras

sábado, 24 de dezembro de 2011

O Segredo da amizade

É surpreendente como a amizade é tão fundamental na vida de toda e qualquer pessoa. Quando lembro a primeira vez em que conheci determinadas pessoas que hoje fazem parte do meu existir, lágrimas rolam, pois descobri o quão fundamental vem ser uma amizade na vida de cada pessoa. Hoje, quero partilhar sobre aquela que é minha melhor amiga.


Conhecemos-nos na universidade, num dos encontros do Ministério Universidades Renovadas. Como todo inicio de uma grande amizade, começamos tímidas e com poucas palavras, mas diante do destino, o tempo começou a nos moldar e fatos em comum ou não começaram a ser partilhados. Descobri nessa jovem um refugio para desabafar boas e más notícias, descobri nesta jovem uma das muitas formas de  solucionar muitos dos muitos problemas que no dia-a-dia surgem em nossas vidas, descobri nesta esta jovem o meu anjo da guarda que passa noites orando para que os anjos me guardem.

Fernanda de Sousa Soares, jovem que me enche de orgulho. Às vezes me pergunto, o que eu vi nela e ela em mim? Porque que nossa amizade é como um verdadeiro laço de irmandade? A resposta veio logo em seguida: existe um segredo entre nós que rega aquilo que somos e que desejamos ser. O segredo de nossa amizade: a compreensão aliada à fé. Ouvimos, conversamos e juntas encontramos a solução de nossos problemas. Tornamos-nos capazes de enfrentar batalhas incomuns, dividir medos e felicidades. Até passar o dia inteiro dialogando por mensagens, tornando a distância bem pequena quando uma está bem longe da outra.
Fernanda e eu continuamos a crescer não em tamanho, mais em personalidade de uma forma diferente, uma forma saudável. Exortação e ousadia, tristeza e alegria, além de uma paixão em comum: Mur. Desta forma, uma das muitas mensagens que trocamos, esta se encaixa quase que perfeitamente àquilo que somos quando juntas permanecemos:  Alegram-se as meninas dos olhos castanhos, alegram-se as meninas de pele morena. Ora jambo e ora jabuticaba na mais doce convivência. Embora distante uma se faz presente ao lado da outra, mandando embora os maus pensamentos. O segredo da amizade que se enraíza a cada momento, se tornando mais que um simples presente, um exemplo de companheirismo que sobrevive em todos os tempos.
Mas dentro de nossa amizade, o mais belo é o despojamento que resolvemos dá a Cristo por meio de nossas missões dentro do ministério. Em nosso relacionamento fraterno, descobrimos que amizade não consiste apenas de presença, mas de saber dividir tudo aquilo que atormenta, de saber brigar  quando necessário e ao mesmo tempo  acolher deixando claro que até mesmo na dor, o laço de amizade prevalece e  o ombro amigo está disponível diante da necessidade.
Queria que todos visualizassem a nossa amizade, a nossa irmandade e, diante de tamanha sinceridade encontrasse a essência do amor fraterno que não permite ver a dor de um verdadeiro amigo. Fernanda, se muitos pudessem ver o nosso cuidar, descobririam como ser um verdadeiro amigo. Não sei se tenho sido uma boa amiga para você, se tenho usado palavras certas para te acalmar e incentivar, se tenho sido uma boa e verdadeira amiga como você tem sido para mim, mas desejo que saibas que  tento corresponder na mesma proporção a amizade que tu me ofereces.
Que nossa amizade seja sinônimo de exemplo da fraternidade e irmandade que o Senhor Deus deseja de todas as pessoas!
São Luís, 23/ 12/ 2011
Aline Xavier Bras


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Afinal, quem é Deus?

 Hoje tenho a honra de partilhar com todos os seguidores deste blog uma linda palavra que a jovem Nadja de Lourdes teve a honra de nos conceder em uma das muitos pregações que ocorrem nos encontros do Ministério Universidades Renovadas.

Palavras que nos edificam, palavras em que Deus deu a essa jovem, que dobrou seus joelhos e perguntou o que Ele queria nos dizer.
É com muita felicidade que trago aqui esta obra prima que muito nos ensina,palavras sopradas pelo Espírito Santo de Deus!
Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.   (16, 13-17)
Glória a vós Senhor!
“Jesus chegou à região de Cesaréia de Filié, e perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?” Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista, outros; que é Elias; outros ainda, que é Jeremias, ou algum dos profetas.” Então Jesus perguntou-lhes: “E vocês, quem dizem que eu sou?” Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo.” Jesus disse: “Você é feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que lhe revelou isso, mas o meu Pai que está no céu”.”
Analisando a resposta da primeira pergunta feita por Jesus percebemos que as referências de quem é o nosso Senhor Jesus são boas e até respeitáveis (“Alguns dizem que é João Batista, outros; que é Elias; outros ainda, que é Jeremias, ou algum dos profetas.”). Porém aí  há um sério problema: Todas essas referências não revelam quem de fato Ele o era. Mas então Jesus faz uma segunda pergunta e Simão, de muito espontâneo que era, logo responde que Jesus era o próprio Messias, Filho do próprio Deus.
É interessante frisar que nos dias atuais como algumas pessoas falam muito bem de Deus, “enchem” o nome de Deus de elogios, mas poucos parecem conhecê-lo de fato. Falam que Deus é bom, misericordioso, fiel, que “O Senhor é meu pastor e nada me faltará” e que por Ele ser tudo isso nunca haverão de sofrer, passar por momentos difíceis e que então a vida será um mar de rosas, e por aí vai. Ou seja, muitos têm até tem bons pensamentos a respeito de Deus, mas que no meio deles muitos pensamentos estão errados, distorcidos.
Quando refletia por essa passagem vinha muito forte ao meu coração a palavra intimidade. Torna-se íntimo de alguém significa conviver, compartilhar momentos sejam eles bons ou ruins com essa pessoa. Reconhecer o Senhorio de Jesus não deve ser apenas da boca, mas é algo que deve ser vivenciado no nosso dia-a-dia, e como sabemos, ser cristãos nesse “mundão”aí não é uma tarefa fácil. E é por isso que muitos não conseguem permanecer em Cristo e até abandonam sua caminhada na Igreja.
Nosso saudoso Santo Agostinho já nos dizia: “Só amamos aquilo que conhecemos”, portanto, a maneira de conhecer e estabelecer um conceito de algo está em função de termos interação com tal objeto. É claro que definir Deus é algo impossível,  é impossível conceituarmos o infinito. Podemos perceber isso claramente quando vemos ou lemos o conceito de alguém quando fala a respeito de Cristo: na maioria das vezes o que falam é subjetivo, parcial e incompleto.  E é aí que vejo que Cristo é algo que deve ser vivido, só assim poderemos conhecer esse nosso Deus, pois somente Ele mesmo pode nos revelar quem Ele realmente O é, como Jesus fala a Simão na passagem: “Você é feliz, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que lhe revelou isso, mas o meu Pai que está no céu”. Ele não pode ser definido, mas sem dúvidas podemos atribuí-lo suas devidas características: “pão vivo que desceu do céu”, “o bom pastor”, “a luz do mundo”, “caminho, verdade e vida”, enfim; para isso não faltam palavras não é mesmo!?
Daí então resta a pergunta: “O que temos feito para buscar conhecer a Deus? Estamos buscando no lugar certo? As nossas amizades nos ajudam a conhecê-lo? Temos verdadeiramente nos dedicado a isso”?
Deus mais do que qualquer um deseja tua amizade, fazer parte da tua vida, afinal ele quer ser conhecido.
Falando brevemente um testemunho meu, no começo desse ano de 2011 eu comecei a estudar num cursinho pré-vestibular. E em um belo dia nesse cursinho quando cheguei na sala de aula encontrei uma amiga minha de infância, e que por sinal eu a considerava minha melhor amiga.  Fiquei muito feliz, é claro! Começou a aula e eu já aguardava ansiosamente para que ela terminasse logo e quando a aula finalmente tinha acabado fui correndo atrás dela pra matar saudades. E toda empolgada comecei a falar com ela dizendo que eu era uma velha amiga de infância e que estava muito feliz de vê-la novamente e foi quando eu tomei um balde de água fria: ela simplesmente não me reconheceu, nem vagamente ela lembrava de mim.
Pode parecer engraçado, mas nesse dia eu fiquei muito triste. E ficava me reclamando: “Como ela pode ter esquecido de mim, se a gente brincava tanto lá no parquinho da escola, se falava quase todo dia?!” Mas aí foi que caiu a ficha e parei para enxergar com outros olhos: “Quanto tempo se passou, quantos aniversários ela já teve, quantos momentos da vida dela se passaram e eu não estive junto pra acompanhar? Se bem que até faz sentido ela não lembrar de mim”.
Da mesma forma é na nossa vida cristã, quantas vezes buscamos uma vivencia com Deus só de vez quando em alguns domingos quando vamos à casa do Senhor e acabamos que não saímos da superficialidade para ter uma intimidade com Ele? Conhecer, viver em comunhão com Cristo deve ocorrer no nosso dia-a-dia, é dividir momentos e sentimentos com o amado, assim como era Pedro, que estava sempre caminhando com Jesus. Não dá pra ser de Deus somente quando colocamos os pés na igreja e vamos à missa se quando saímos dela nos esquecemos dEle e a nossa não muda em nada! Ser um cristão católico é quando vamos à missa e ao sairmos dela, a missa continua ocorrendo dentro de nós mesmos! É de fato, um estilo de vida!
E o que acontece quando enfim entramos em intimidade com Deus? Continuando a ler a passagem no versículo 18 lemos: “Por isso eu lhe digo: você é Pedro, e sobre essa pedra construirei a minha Igreja, e o poder da morte nunca poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu, e o que for ligado na terra será ligado no céu, e o que você desligar na terra será desligado no céu.” O que quero lhe mostrar através desses versículos, é que a partir do momento que você conhece a Deus e passa a vivenciá-lo diariamente, você e o amado passam a partilhar dos mesmos sonhos. O sonho que Jesus nos fala nessa passagem é a própria Igreja, a noiva do Senhor. E como vemos aí ele confia essa missão nas mãos de Pedro. Da mesma forma que acontece com Pedro, Deus também nos confia sonhos. Sonhos das quais nada e ninguém poderá frustrar. Comece sonhando os sonhos de Deus e quando você menos esperar será o próprio Deus quem estará sonhando os teus sonhos. Falando por experiência própria, posso dizer que de todos os sonhos que um dia tive e guardei em minhas mãos, vi todos eles serem fracassados. Mas aqueles sonhos que entreguei nas mãos de Deus, eu ainda possuo e mais do que isso, dia após dia eu vejo o Senhor realizando na minha vida. Deus é Fiel!
A paz do Senhor e o amor de Maria estejam com você.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Anjos na rua

Inicio este texto relatando algo que  vivi recentemente.
Certa vez,  estava eu seguindo meu caminho para a universidade. Durante todo o percurso ia rezando o santo terço, contemplando cada mistério, desejando vivê-lo imensamente com a minha alma para tentar chegar o mais perto possível da perfeição de conversar com Deus. Além de viver os mistérios do terço, uma ferida doía dentro de mim quando em cada esquina, olhava nas calçadas um filho da pobreza, vítima da ganância política, do egoísmo social e da realidade de falsos cristãos que freqüentam a igreja e quase nada fazem em prol dos pequeninos.

Anjos, que como diz a canção, já não podem sonhar e nem voar, porque se encontram presos às normas de uma grande maioria que como cegos, saem às ruas como se nada estivesse acontecendo. Situação que ora e outra, me deixa completamente abalada e atordoada por não fazer nada ou não poder tomar alguma atitude em relação a essa triste situação. Mas, eu fui incomodada, e nesta manhã, sei que Deus traçou toda a minha rotatória para que eu fosse ousada, para que eu me superasse e fizesse algo, e fiz.
Chegando ao terminal, na fila esperando ônibus que me levaria à UFMA, eis que meu olhar se desvia para aquela pessoa que será lembrada para o resto de minha vida. Pequenino, indefeso e com um olhar triste de quem observa algo além de qualquer olhar humano. Seus olhinhos brilhavam à medida que pessoas se deslocava indo e vindo de todos lados das plataformas. Aquela criatura indefesa me incomodava e fazia doer minha alma. Será que ele está com fome? Será que ele deseja um copo de suco e quem sabe um doce? Onde está o brinquedo dessa criança? Onde está o sorriso do amanhecer? Onde estão seus pais...? Perguntas e mais perguntas se formando em minha mente, e tudo isso para que eu saísse do lugar e tomasse uma atitude.
Eu saí da fila, e de repente os olhares de muitos desconhecidos se voltaram para mim quando me aproximei daquele menino que tentava fugir de mim.
“Calma, eu não irei te ferir. Você já tomou café? Tá com fome, eu compro um lanche pra você.” Consegui fazer com que a criança de apenas onze anos fosse à lanchonete. Recebidos com humilhação, Marquinhos parecia está feliz com aquele pequeno pão. Foi um dia especial.
Marcos passou toda a manhã comigo. Fomos à universidade, demos uma volta pelo centro da cidade e em seguida, o deixei na Fraternidade O Caminho, que com muito prazer, acolheu em sua casa o pequenino que estava tendo sua vida transformada. Firmei um compromisso de educá-lo, de me tornar a mãe dele. Lembro que quando eu disse isso, entregando e colocando em seu pescoço um crucifixo, Marquinhos me fez chorar dizendo: “tia, eu nunca irei te esquecer e nunca irei tirar esse cordão do pescoço.”
Me senti feliz, muito feliz e narro este pequeno acontecimento para dizer que podemos mudar a realidade de muitos se quisermos. Não precisa ser para sempre, mais um dia de felicidade plena para um desses pequeninos que foram esquecidos pelos seus semelhantes é de um bem imenso, é do agrado do Pai. Os filhos e filhas da pobreza são os prediletos aos olhos do Pai. Eu pergunto:  você, no seu ser cristão, o que tem feito de bom para a sociedade? Ir à Igreja é o suficiente? Participar da santa missa ou grupos e ministérios são o bastante? A fé sem ação de nada vale. O Senhor vem nos dizer que devemos anunciar o reino de Deus ao próximo, ( Mateus 10, 7). Mas quem é o próximo? Afirmo com plena convicção que este próximo citado por Deus não é somente aqueles que estão em uma caminhada, mas principalmente os que estão sedentos e necessitados de uma palavra de reavivamento do espírito e do seu próprio ser humano. É fácil anunciarmos a Palavra de Deus para aqueles que se encontra em nosso meio, mas, onde está nossa coragem e ousadia para falar que existe um Deus que nos ama tanto a ponto de entregar sua própria vida para nos salvar? Como convencer uma pessoa  no mundo, que está exposto à fome, miséria e violência de que Deus existe e mesmo diante de todo o sofrer, esse mesmo Deus se faz presente, mesmo que o mundo diga o contrário? “Eu vim para as ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 15, 24)
Devo enfocar bem  o EU VIM PARA AS OVELHAS PERDIDAS, pois é chegado o momento de assumirmos nosso dever de ser servo. São muitos necessitados, são muitos desabrigados, são muitos que sofrem a ausência de amor. É chegado o momento de vivermos intensamente o mandamento que Deus nos deixou: amar o próximo como a mim mesmo. Não podemos mais permanecer de braços cruzados, enquanto uma parcela da população morre de fome e sede. Sejamos solidários, sejamos humanos e sejamos cristãos.
Foi em uma cruz que o Senhor morreu, antes de ser pregado no madeiro, Este foi sujeito a julgamento seguido de chibatadas que cortava seu corpo e que a distância se ouvia o grito da parte humana de Jesus, um grito de dor correspondente ao peso de todos os nossos pecados. Tanta  brutalidade, um caminho a ser percorrido por um longo trajeto no qual, refletido nos diz  hoje  por meio da  canção...
“Andando pelas ruas eu vejo algo mais do que arranha céu. É a fome e a miséria dos verdadeiros filhos de Deus...”
  São Luís, 09/12/ 2011
Aline Xavier Bras

domingo, 20 de novembro de 2011

Terça-feira


Encontro-me mergulhada em pensamentos que não fazem parte do contexto em que deveria me encontrar.
Sentada junto a uma das mesas da biblioteca da Universidade, acreditando está estudando contabilidades, vejo na face de cada irmão um pouco de Deus. Meu amigo ao lado, ora e outra desvia os olhos do seu material de estudos e assim como eu, se perde em algum pensamento. Será que ele está pensando nas coisas de Deus?

Muitas vezes me pego nessa indisciplina com relação ao meu estudo. Mas para que estudar números e mais números, textos e mais textos se posso fazer algo melhor? Posso pensar na dinâmica que Deus utiliza no dia-a-dia para educar-me; posso analisar a Sua pedagogia que não apresenta falhas. Como o nosso Deus adora me surpreender colocando em minha limitada mente pensamentos tão sublimes.
Penso no céu, penso na vida de nossos patriarcas, penso no hoje e no amanhã. Penso no agora e no que poderá vim se eu resolver desviar meu pensamento do meu bom Deus. Sendo essa uma condição impossível, vejo que eu só consigo saber quem eu sou lembrando-me antes Daquele que desde o ventre de minha mãe me conhecia. Eu, tão pecadora e Deus tão divino; eu tão pequena me vejo agora como uma peça a ser encaixada em um imenso quebra-cabeça, pois, por alguma razão, tenho uma grande missão. Missão essa que somente eu poderei concluir.
É sim, apesar de toda nossa pequenez e “insignificância” somos fundamentais dentro de um plano de salvação. Desta forma, por alguma razão me vêem à cabeça aqueles pobres que dentro do IDH só servem para documentar uma faixa de pobreza. Que importância exerce esse tipo de pessoa para minha salvação? Elas muitas vezes nem são vistas como ser humano, então, de que forma elas podem me salvar?

De primeira diria que em nada, mas é bem aí que nos enganamos completamente. Confesso e sempre deixo evidente a minha paixão por essa faixa da sociedade. Lembro-me das vezes que me sento no chão ao lado desses pequeninos e passo alguns momentos contemplando na face de cada um deles a existência de um Deus, que apesar de ser imensamente grande, escolhe o mais simples vaso de barro para habitar. O irmão pobre de rua, também é um retrato do Pai, imagem e semelhança do sublime Deus, que ao criar o homem, não fez nenhuma distinção, a não ser o masculino do feminino, mas ainda assim, como homens, somos iguais, somos irmãos, somos criaturas de Deus. Alegro-me por que em todos os momentos em que estive com eles, me senti feliz e preenchida; a cratera que se fazia aberta em meu coração, de repente era preenchida por uma força maior e magnífica. Sentia-me a mais feliz das pessoas, não importando o problema que viria depois. Viver cada momento como se fosse o único e de fato, ele é único. Ninguém consegue voltar ao tempo para fazer seja lá o que for. Precisamos nos deixar marcar positivamente por cada momento, por cada sentimento, por cada minuto que abrange a nossa vida. Não joguemos fora o que nos é dado gratuitamente, precisamos aprender a viver valorizando aquilo que nos é dado. E assim vivo cada dia de minha vida, é assim que minha terça-feira abrange sua importância no meu dia. De forma particular, me sinto preenchida por pensamentos únicos e particulares que na sua dinâmica me faz a mais feliz das criaturas que não se arrepende em ter visto o tempo passar na sua manifestação espetacular.
São Luís, 25 de outubro de 2011
Aline Xavier Bras

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Escolha da verdadeira devoção à Virgem Maria


 
Neste terceiro capítulo veremos as classificações dos tipos de devotos e os sinais de uma falsa devoção. Será dado um alerta que nos atentará para a importância de sermos fieis à nossa devoção. O inimigo sabe como agir quando pretende nos enganar e quando nos deixamos enganar.
A devoção é acima de tudo um compromisso que firmamos; compromisso que nos faz vigilantes, pois é necessário prestarmos atenção em nossas orações. Uma verdadeira oração é mais do que palavras, é uma entrega da alma, quase uma saída do mundo real para o espiritual.
Artigo I: Os sinais da falsa e da verdadeira devoção à Santíssima Virgem
_ Os falso devotos e as falsas devoções à Santíssima Virgem:  todo falso devoto exerce uma falsa devoção, mas nem todos que exercem uma falsa devoção (pois acreditam estarem sendo verdadeiros devotos por fazerem o terço ou o rosário) são um falso devoto. Muitas vezes um devoto passa por momentos de esfriamentos. Talvez o termo falso devoto seja forte em alguns momentos, pois existe um desejo maior de se entregar e ser fiel nas orações, mas em conseqüência da rotina diária, muitos permanecem no desejo, apenas emitindo palavras acreditando esta cumprindo o compromisso. Mas vale a intenção, pois este honrou à sua devoção, porque antes de tudo desejou ser fiel a ela.
Tipos de devotos:
Maria foi o primeiro sacrário vivo. A ela se deve toda a honra e toda a glória.
1_ Devotos críticos: possuem um grande conhecimento, e os utilizam para convencer pessoas sobre as devoções exteriores que expressam.
2_ Devotos escrupulosos: desconhecem  que por meio da Mãe também se chega ao filho e que ao orar diante da Virgem, se ora a Jesus. Desta forma, devemos nos questionar: Se Jesus é o único medianeiro, porque Ele nos deu Maria por mãe?

Jesus sabe de nossas fraquezas e que a batalha espiritual para segui-Lo é grande, logo, é necessária uma intercessora que esteja à frente do campo de batalha, a Senhora do exército.
Toda e qualquer devoção deve nos levar a Jesus, do contrário, nenhuma devoção terá valor se não for o Senhor Jesus exaltado com toda a força de nossos corações.
3_ Devotos exteriores: toda forma de devoção requer que sejamos violentos ao amor de Deus.
4_ Devotos presunçosos: práticas de um verdadeiro devoto
4.1_ estar com a resolução sincera de evitar ao menos todo e qualquer pecado mortal; fazer violência a si mesmo para evitar  pecado; filiar-se a confrarias, rezar o terço, o santo rosário ou outras orações, jejuar aos sábados...
5_devotos inconstantes: são inconstantes em demonstrar e viver a fé.
6_ Devotos hipócritas
7_ Devotos interesseiros: só recorrem à Virgem em prol de algo que beneficie a si próprio.
_Verdadeira devoção à Santíssima Virgem: 1_ Devoção interior: antes de expressarmos a nossa devoção, nós devemos vivê-la dentro de nós; 2_ Devoção terna;  3 Devoções santas;  4_ Devoção constante; 5_Devoção desinteressada: um verdadeiro devoto só deseja agradar e chegar a Jesus.
Artigo II: As práticas da verdadeira devoção à Santíssima Virgem
As principais práticas interiores da devoção à Santíssima Virgem consistem em: Honrá-la como a digna Mãe de Deus, com o culto da hiperdulia; meditar suas virtudes, seus privilégios e seus atos; contemplar suas grandezas; fazer-lhe atos de amor, louvor e reconhecimento; invocá-la cordialmente; oferecer-se e unir-se a ela; iniciar e acabar todas as ações por ela.
Diante de tudo o que foi citado, podemos observar que não existe processo mais perfeito do que a devoção da virgem. Processo este que nos faz compromissados com nossas orações.
Assim, encerro essa formação afirmando que é necessário dá abertura para que o Espírito Santo venha se mover em nós, mostrando-nos como tornarmo-nos  virtuosos e cheios da graça.
São Luís, 02/ 11/ 2011
Aline Xavier Bras