sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cuidado dos pais com os filhos



“Pecador por natureza, santo por vocação!”
Quero começar este momento afirmando que o futuro de toda e qualquer família são os filhos! Mas, como assim? Você consegue imaginar uma família feliz sem ter filhos? Eu vejo que um casal sem filhos é um casal solitário, não por não haver partilha e amor entre ambos, mas por ficar aquela impressão de que falta algo, e, um homem e uma mulher quando se unem matrimonialmente, não é só para viver uma linda história de amor, mas principalmente para procriar e expandir a sua geração; criando assim uma sociedade cercada de cuidados e zelos, ensinando que o amor filial e paternal é uma manifestação do amor de Deus em nossas vidas.
Frei Patrício imagina uma família sem filhos, como um jardim sem flores. Se formos analisar, há motivos para tal afirmativa. Os filhos são a alegria de uma família assim como as flores são para os jardins. Minha mãe costuma dizer que ter filho é deixar de pensar em si para pensar no cuidar daquele que saiu de seu ventre. É não mais dormir, é não mais pensar somente em si. No geral, ter filhos é pastorear!
Por isso a Palavra de Deus vai nos dizer o seguinte:
“Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, se abrirá. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem.” (Mateus 7, 7-11)
Esta passagem se torna bela porque ela deixa clara a dimensão do amor de Deus, deixa claro que além de pai capaz de fazer qualquer coisa por seu filho, este, é o bom pastor que sabe que sua ovelha precisa de proteção e orientação. O cuidado de Deus é o cuidar do Bom pastor. Todo pai é chamado a ser pastor de seus filhos, que muitas vezes são cegos e por serem cegos e muitas vezes fracos, precisam de orientação.  
“E, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?”
Ninguém sabe mais das necessidades do seu filho do que o pai. O Pai, em seu cuidar atenderá as vontades do seu filho quando for o melhor, mas também dirá não quando for necessário. O pai, em seu cuidar irá exortar, irá brigar, irá corrigir, mas isso porque ama e sabe identificar o que é melhor para seu filho!
E qual nossa função de filhos diante dos cuidados do pai? Sabendo que o pai é aquele que sente saudades de nosso abraço, que sente saudades constantes de seus filhos, precisamos entender que temos que confiar plenamente naquele que nos dá a vida. Temos que decidir rasgar nosso viver e entregar tudo nos braços do Pai, pois é ele quem melhor irá nos direcionar e diante de nossos erros e limitações, incompreensão e indiferença, ainda assim, de braços abertos o Pai nos aceitará e não perguntará por onde andamos e o que fizemos e num abraço de Pai nos acolherá.
São Luís, 18/05/2012
Aline Xavier Bras

domingo, 6 de maio de 2012

Amor Incondicional




“Prefiro errar com a Igreja do que acertar sem ela.” (Santo Agostinho). A grande questão aqui é que a Igreja não erra jamais e sim os servos que estão nela.
Hoje eu quero falar do incondicional amor que alimento por minha doutrina, do amor eminente que tenho pela Santa Igreja e o quanto me encontro feliz por fazer parte desta família que se denomina Católica Apostólica Romana!
Mas, o fato de amar não quer dizer que irei fechar os olhos para as falhas cometidas pelos servos que nela estão; pelo contrário, não posso me calar, pois nunca iremos corrigir os erros e falhas que foram cometidos ao longo do tempo. A Palavra é bem clara quando diz que “e conhecerei a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8,32). Percebe-se claramente que a Santa Igreja, ao longo do tempo soube reconhecer as falhas cometidas pelos servos em seu nome e é este reconhecimento que faz com que Ela permaneça firme e forte até hoje.
Diante do amor e respeito que alimento por minha Igreja, confesso que é muito mais doloroso ter que reconhecer nossas falhas e escrever, atentando os servos para seus próprios atos, do que me colocar apenas na posição de leitora. Mas, quando escrevo criticando, não é com o intuito de magoar e mostrar que eu sou a certa, pelo contrário, eu nunca estou certa, e se eu tiver que errar junto a igreja, faço minha as palavras de Santo Agostinho. Mas se eu posso fazer algo, se eu posso apresentar a realidade de nossos comportamentos aos católicos, porque não expor essa verdade, fazendo com que cada um olhe para seus próprios atos? Porque não refletir sobre o que fazemos e deixamos de fazer? Por que não motivar os leigos que servem à Santa Igreja e instigá-los a viver uma entrega total como leigo ou como religioso? Não pense que quando falo eu me excluo, pelo contrário, minhas palavras antes de ser direcionada ao outro, é direcionada a mim. Uma mãe que bate em seu filho diante de um erro ama menos do que a mãe que permite que seu filhinho continue errando para não fazê-lo chorar? Garanto que a mãe que bate no seu filho para que ele não erre mais ama mais do que a mãe que consente com o erro pra não fazer seu filho chorar.
Jovens, se eu erro, eu desejo que venham conversar comigo e me esclareçam onde errei. Sou humana e cheia de falhas, mas é preciso compreender que ao decidir amar, decidimos também suportar o sofrimento que um amor pode causar. Quando decidi ser Católica Apostólica Romana, decidi também servir à minha Igreja sobre todas as coisas, segui-la e defendê-la diante de toda e qualquer situação. É assim que crescemos, é assim que permanecemos em pé diante de tantos ataques e é assim que encontramos a salvação de nossa própria alma. É desta forma que acontece a edificação da Santa Igreja fundada por Cristo.
Aqui, quero explanar um pouco do meu amor, aqui quero reafirmar que eu vivo, mas antes de reconhecer que estou viva, reconheço que Cristo vive em mim, pois tenho lutado por isso a cada dia, e sei, diante de todas as experiências que tenho tido que eu me encontro atada a este amor sublime e incondicional que me perdoa todas as vezes que me prostro e clamo misericórdia infinita. Aqui quero pedir que todos os que me conhecem, que ao ver meu erro, avisem,converse comigo e me ajudem a ser a cada dia uma cristã fiel à Santa Igreja e àqueles que a servem.
Que diante do amor, todos os que eu ofendi possam me perdoa. Que diante do amor, todos aqueles que erraram possam reconhecer seus erros e tentar concertá-los; que diante do Amor, cada servo, cada leigo, cada religioso possa continuar dando seu sim, possa continuar disposto a carregar no peito uma cruz, possa continuar seguindo sobre toda e qualquer circunstância o Cristo nu, possa continuar honrando e seguindo a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Que diante do amor, não fechemos os olhos para nossos próprios erros. Que diante do amor, possamos sair da superficialidade do servir e do amar e mergulhar nas profundezas do coração de nosso Senhor Jesus.
São Luís,05/05/2012
Aline Xavier Bras