domingo, 20 de novembro de 2011

Terça-feira


Encontro-me mergulhada em pensamentos que não fazem parte do contexto em que deveria me encontrar.
Sentada junto a uma das mesas da biblioteca da Universidade, acreditando está estudando contabilidades, vejo na face de cada irmão um pouco de Deus. Meu amigo ao lado, ora e outra desvia os olhos do seu material de estudos e assim como eu, se perde em algum pensamento. Será que ele está pensando nas coisas de Deus?

Muitas vezes me pego nessa indisciplina com relação ao meu estudo. Mas para que estudar números e mais números, textos e mais textos se posso fazer algo melhor? Posso pensar na dinâmica que Deus utiliza no dia-a-dia para educar-me; posso analisar a Sua pedagogia que não apresenta falhas. Como o nosso Deus adora me surpreender colocando em minha limitada mente pensamentos tão sublimes.
Penso no céu, penso na vida de nossos patriarcas, penso no hoje e no amanhã. Penso no agora e no que poderá vim se eu resolver desviar meu pensamento do meu bom Deus. Sendo essa uma condição impossível, vejo que eu só consigo saber quem eu sou lembrando-me antes Daquele que desde o ventre de minha mãe me conhecia. Eu, tão pecadora e Deus tão divino; eu tão pequena me vejo agora como uma peça a ser encaixada em um imenso quebra-cabeça, pois, por alguma razão, tenho uma grande missão. Missão essa que somente eu poderei concluir.
É sim, apesar de toda nossa pequenez e “insignificância” somos fundamentais dentro de um plano de salvação. Desta forma, por alguma razão me vêem à cabeça aqueles pobres que dentro do IDH só servem para documentar uma faixa de pobreza. Que importância exerce esse tipo de pessoa para minha salvação? Elas muitas vezes nem são vistas como ser humano, então, de que forma elas podem me salvar?

De primeira diria que em nada, mas é bem aí que nos enganamos completamente. Confesso e sempre deixo evidente a minha paixão por essa faixa da sociedade. Lembro-me das vezes que me sento no chão ao lado desses pequeninos e passo alguns momentos contemplando na face de cada um deles a existência de um Deus, que apesar de ser imensamente grande, escolhe o mais simples vaso de barro para habitar. O irmão pobre de rua, também é um retrato do Pai, imagem e semelhança do sublime Deus, que ao criar o homem, não fez nenhuma distinção, a não ser o masculino do feminino, mas ainda assim, como homens, somos iguais, somos irmãos, somos criaturas de Deus. Alegro-me por que em todos os momentos em que estive com eles, me senti feliz e preenchida; a cratera que se fazia aberta em meu coração, de repente era preenchida por uma força maior e magnífica. Sentia-me a mais feliz das pessoas, não importando o problema que viria depois. Viver cada momento como se fosse o único e de fato, ele é único. Ninguém consegue voltar ao tempo para fazer seja lá o que for. Precisamos nos deixar marcar positivamente por cada momento, por cada sentimento, por cada minuto que abrange a nossa vida. Não joguemos fora o que nos é dado gratuitamente, precisamos aprender a viver valorizando aquilo que nos é dado. E assim vivo cada dia de minha vida, é assim que minha terça-feira abrange sua importância no meu dia. De forma particular, me sinto preenchida por pensamentos únicos e particulares que na sua dinâmica me faz a mais feliz das criaturas que não se arrepende em ter visto o tempo passar na sua manifestação espetacular.
São Luís, 25 de outubro de 2011
Aline Xavier Bras

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Escolha da verdadeira devoção à Virgem Maria


 
Neste terceiro capítulo veremos as classificações dos tipos de devotos e os sinais de uma falsa devoção. Será dado um alerta que nos atentará para a importância de sermos fieis à nossa devoção. O inimigo sabe como agir quando pretende nos enganar e quando nos deixamos enganar.
A devoção é acima de tudo um compromisso que firmamos; compromisso que nos faz vigilantes, pois é necessário prestarmos atenção em nossas orações. Uma verdadeira oração é mais do que palavras, é uma entrega da alma, quase uma saída do mundo real para o espiritual.
Artigo I: Os sinais da falsa e da verdadeira devoção à Santíssima Virgem
_ Os falso devotos e as falsas devoções à Santíssima Virgem:  todo falso devoto exerce uma falsa devoção, mas nem todos que exercem uma falsa devoção (pois acreditam estarem sendo verdadeiros devotos por fazerem o terço ou o rosário) são um falso devoto. Muitas vezes um devoto passa por momentos de esfriamentos. Talvez o termo falso devoto seja forte em alguns momentos, pois existe um desejo maior de se entregar e ser fiel nas orações, mas em conseqüência da rotina diária, muitos permanecem no desejo, apenas emitindo palavras acreditando esta cumprindo o compromisso. Mas vale a intenção, pois este honrou à sua devoção, porque antes de tudo desejou ser fiel a ela.
Tipos de devotos:
Maria foi o primeiro sacrário vivo. A ela se deve toda a honra e toda a glória.
1_ Devotos críticos: possuem um grande conhecimento, e os utilizam para convencer pessoas sobre as devoções exteriores que expressam.
2_ Devotos escrupulosos: desconhecem  que por meio da Mãe também se chega ao filho e que ao orar diante da Virgem, se ora a Jesus. Desta forma, devemos nos questionar: Se Jesus é o único medianeiro, porque Ele nos deu Maria por mãe?

Jesus sabe de nossas fraquezas e que a batalha espiritual para segui-Lo é grande, logo, é necessária uma intercessora que esteja à frente do campo de batalha, a Senhora do exército.
Toda e qualquer devoção deve nos levar a Jesus, do contrário, nenhuma devoção terá valor se não for o Senhor Jesus exaltado com toda a força de nossos corações.
3_ Devotos exteriores: toda forma de devoção requer que sejamos violentos ao amor de Deus.
4_ Devotos presunçosos: práticas de um verdadeiro devoto
4.1_ estar com a resolução sincera de evitar ao menos todo e qualquer pecado mortal; fazer violência a si mesmo para evitar  pecado; filiar-se a confrarias, rezar o terço, o santo rosário ou outras orações, jejuar aos sábados...
5_devotos inconstantes: são inconstantes em demonstrar e viver a fé.
6_ Devotos hipócritas
7_ Devotos interesseiros: só recorrem à Virgem em prol de algo que beneficie a si próprio.
_Verdadeira devoção à Santíssima Virgem: 1_ Devoção interior: antes de expressarmos a nossa devoção, nós devemos vivê-la dentro de nós; 2_ Devoção terna;  3 Devoções santas;  4_ Devoção constante; 5_Devoção desinteressada: um verdadeiro devoto só deseja agradar e chegar a Jesus.
Artigo II: As práticas da verdadeira devoção à Santíssima Virgem
As principais práticas interiores da devoção à Santíssima Virgem consistem em: Honrá-la como a digna Mãe de Deus, com o culto da hiperdulia; meditar suas virtudes, seus privilégios e seus atos; contemplar suas grandezas; fazer-lhe atos de amor, louvor e reconhecimento; invocá-la cordialmente; oferecer-se e unir-se a ela; iniciar e acabar todas as ações por ela.
Diante de tudo o que foi citado, podemos observar que não existe processo mais perfeito do que a devoção da virgem. Processo este que nos faz compromissados com nossas orações.
Assim, encerro essa formação afirmando que é necessário dá abertura para que o Espírito Santo venha se mover em nós, mostrando-nos como tornarmo-nos  virtuosos e cheios da graça.
São Luís, 02/ 11/ 2011
Aline Xavier Bras