quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Juventude em ordem de batalha




No mundo de hoje encontramos diversas culturas que levam à morte de uma sociedade que se perde dos caminhos da cristandade e da humanidade. Quem seria o exército a mudar esta triste realidade?
Levando em conta que os jovens de hoje serão os adultos de amanhã, vejo de forma bem clara que para tirar a nossa civilização da sombra da morte, reparar todas as percas que já tivemos e reconstruir as ruínas causadas por cada ação geradora de danos físicos, morais e espirituais, precisamos que a juventude católica esteja disposta a lutar pelo resgate de almas e pela recuperação das verdadeiras práticas cristã.
A juventude católica deve está em ordem de batalha para reconstruir sobre a base da verdadeira cristandade a sociedade que antes conhecia o seu valor, conhecia as práticas dos exercícios espirituais e exerciam a sua fé conforme os ensinamentos da Palavra. É preciso restaurar o modelo de família que perdemos, uma vez que a família é a primeira catequese a moldar um futuro adulto. Mas, qual foi o modelo de família que perdemos? Séculos atrás, uma família compreendia muito bem o compromisso que a circundava, compreendia que o matrimônio era um sacramento no qual marido e mulher firmavam um compromisso um para com o outro de respeito, deveres e obediência.
A juventude, assim como todos aqueles que se denominam católicos devem ensinar, mas antes de tudo resgatar a verdadeira doutrina ensinada por Cristo. É preciso que em ordem de batalha venhamos a lutar contra o laicismo que vem se impregnando na sociedade de forma avassaladora. O homem precisa entender que não é nada sem Deus e que, por mais imagem e semelhança que sejamos do Verbo, somos cercado de fragilidades. No todo, precisamos ter ciência de que todo o dom que nos foi dado, pode nos ser retirado, uma vez que querer-se tornar-se independente no que se trata de espiritualidade é uma atitude vã que leva a momentos de felicidade ou satisfação de desejos passageiros e superficiais. Então, reforço que por mais que o homem tenha a capacidade de construir e criar, tudo é dom que Deus nos deu.
Neste ato de resgate, talvez seja preciso se basear em um modelo antigo de sociedade. Épocas atrás, não só a família, mas a sociedade no todo vivia uma fé clara e bela, ou seja, todos faziam questão de deixar bem claro que no peito era carregada uma cruz, as paredes das casas eram preenchidas de imagens religiosas não com o intuito de adorar, mas de lembrar que aquele era o modelo a ser seguido para se chegar ao céu e a bíblia, as leituras eram sempre rotineiras e serviam de base para os ensinamentos dos filhos, ou seja, a base era sólida.
Desta forma, quando escrevo sobre juventude em ordem de batalha, vejo que estes são jovens que sentem saudades do céu, e que por sentir esta saudade colocam-se em posição de sentido para iniciar uma batalha de busca e resgate do céu que há dentro de cada ser humano. Nesta batalha, quem lidera este exercito disposto a lutar é a Igreja Católica Apostólica Romana, que nunca permanece surda aos apelos da humanidade. A igreja, por saber que nossos jovens são as chaves para o futuro cristão melhor, investe ardentemente nas formações do mesmo e os motiva a lutar por aquilo que acreditam. Nós, juventude em ordem de batalha acreditamos que uma família pode e deve ter fundamentos cristãos e que é por esta causa que nos colocamos em ordem de batalha, para lutar pela formação que nos conduz a caminhos retos, é por acreditar na Igreja que aceitamos e desejamos de fato nos tornar doutores da religião que não nos deixa cegos diante dos atos depressivos do mundo, mas nos conduzem a um caminho cercado de sabedoria, paciência, fé e preceitos do Evangelho.

São Luís, 08/11/2012
Aline Xavier Bras

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cruzada Contemporânea




            No mundo contemporâneo nos deparamos com diversas informações que direta e indiretamente influenciam o nosso caráter, pensar e até mesmo forma de se portar; pessoas mudam suas personalidades sem perceber, para adequar-se a um sistema moderno que chega a ditar regras à sociedade. Em outras palavras, venho afirmar que muitos, acabam por travar dentro de si uma batalha de consciência para adaptar-se a este meio social que de certa forma nos é imposto.
Nesta batalha, vale lembrar que não estamos sozinhos. A Igreja vem insistentemente abrindo nossos olhos para esse perigo; cristãos perspicazes que estão preocupados com o futuro da humanidade como o todo, têm apontado claramente o perigo social que definem a sociedade atual e futura. Vejo que alguns devem está se perguntando: que batalha é esta?
A mídia atual vem impregnando o nosso ambiente social de informações que deturpam a maneira correta e humana de se portar. São palavras com caráter ofensivo, são roupas que expõem o templo que é o nosso corpo, são atitudes que infelizmente chegam a colocar o nosso real valor em uma vala qualquer. Percebe-se de forma clara que há um incentivo à impureza, atitudes indulgentes, desvalorização de si. Ou seja, nossa sociedade passa por um distúrbio de moral no qual o mal se apossa e toma o controle da situação. Mas como cristã, me sinto no dever de expor este pensamento.
Você que é cristão, já parou para pensar de que forma você encara tantas informações lançadas pela mídia? Já parou para observar que nos últimos tempos houve uma mudança de valores morais e éticos? E qual sua postura diante deste fato que agride profundamente a nossa afetividade?
Desde já meus queridos, é preciso que compreendamos que nós, que nos denominamos cristãos passamos por uma constante batalha. Batalha do corpo e da alma, batalha que faz juz à nossa existência cristã de termos sidos criados por Deus. Mas como resistir a tudo isso? Como não se deixar seduzir pelas bem aventuranças que o mundo vem oferecendo diariamente? É preciso compreender que Deus não nos pede para viver fora de nossos tempos, muito pelo contrário, já dizia Beato João Paulo II: precisamos de jovens santos que usam calça jeans e comem hot-dog...! Ou seja, a própria Igreja nos dá meios e forças de vivermos a contemporaneidade sem perder a modéstia, sem perder a alegria que um parque de diversão ou um cinema tem a oferecer. Em outras palavras, a Igreja trabalha pelas almas, principalmente por aquelas almas que vivem em estado de graça, que de forma sobrenatural vive a preservação daquilo que temos de mais precioso: a castidade. Mas para isso, é preciso querer ser ajudado e saber resistir às tentações que nos rondam diariamente. Assim como o homem alegrou-se na lei de Deus, ao mesmo tempo, nos alegramos com a lei do pecado, não porque desejamos, mas porque somos fracos e a carne humana é frágil. Diante desta fragilidade, o inimigo acaba por nos bombardear com informações e situações que para muitos que não foram fortes, já se tornou algo natural e comum. Nisso, precisamos ser espertos e entender que nós somos capazes de resistir. Temos exemplos de santos que souberam dizer não, ter personalidade própria e cristã para resistir a tudo o que o mundo veio oferecendo ao longo de suas jornadas, ou seja, conseguiram ser o oposto que o mundo insistentemente veio querendo e quer. Diante de tudo o que já foi dito, venho afirma também que o real objetivo desta cruzada contemporânea é deixar claro que esta é uma luta que não pode ser evitada, pelo contrário, precisa ser vivida de forma intensa para que venhamos crescer espiritualmente; para provarmos que a virtude pode se opor ao vício. E asseguro aqui, que nesta batalha, sempre aparece aquele que mostra que tudo é possível e que não existe batalha que não possa ser vencida.
Desta forma, encerro afirmando que viver uma batalha com unhas e dentes é uma emoção. Viver a batalha do corpo e da alma é preencher-se de ações e momentos que gera uma adrenalina inesquecível de viver o oposto desejado pelo mundo, e como diz a canção, “e colidir com o mundo e ficar de pé”!
São Luís, 02/11/2012
Aline Xavier Bras

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Havia uma pedra...




Faz um bom tempo que eu não dou trela ao meu coração. O pobre coitado gritava sempre: “havia uma pedra no meio do caminho”, há uma pedra no meio do caminho!
Quem não conhece esse belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade? Pois é, o fato é que este poema para os dias de hoje ganha corpo, alma e até mesmo dor. Dor para quem é a “pedra” e dor para quem ver a pedra no meio do caminho: “Nunca me esquecerei desse acontecimento; na vida de minhas retinas tão fatigadas, nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra...
Preciso dizer a mocidade de hoje que a pedra tão citada pelo poeta é uma pedra de carne, osso e sentimento. Uma pedra que passa fome, frio, sede e vive exposta às mais diversas violências. Há uma pedra no meio de nosso caminho que é desprezada e algumas vezes vista como de fato fosse uma pedra. Eu pergunto, somos desumanos ou somos pedras para permanecermos inertes?
Quando voltava para casa, analisando cada pessoa que estava do lado de fora do ônibus, questionava porque ver tantas humanos passando necessidade me incomodava tanto. Porque não conseguia me acostumar com cenas típicas de quase todas as capitais, e porque mesmo sendo doloroso para mim, eu continuava sem fazer nada com relação a esta triste realidade. Certa vez escrevi sobre O choro do silêncio natalino, e mais uma vez verei que o natal é cercado de choros, choros do silêncio. São crianças e jovens nos sinais, segurando uma flanela qualquer para adquirir alguns trocados. Horas e horas debaixo do sol e no frio da noite para que na madrugada, tenha um trocado para saciar a fome do vício. Pobres pequeninos, que a cada dia perdem um pouco de suas vidas... Vejo logo nas calçadas, crianças que há muito deixaram de ser criança. Vejo meninas que se tornaram adultas de forma prematura e agressiva para consigo mesmas. São pequeninos que reviram o lixo em busca do pão que saciará uma parte da fome guardada há vários dias. Qual não foi a lágrima que rolou do meu rosto quando vi um pobrezinho encontrar uma batata podre e sair com um sorriso no rosto mastigando aquele resto como se fosse a melhor coisa do mundo...
No meio do caminho tinha uma pedra” que me fez pensar e repensar que a nossa sociedade precisa se tornar mais cristã. Onde estão as autoridades? Será que precisamos esperar pelo Estado? Porque não deixar nosso lado humano agir? Será muito mais prático um a um deixar-se seduzir pela ação doadora de si do que esperar apenas pelos “reais” responsáveis para que resolvam algo. Mas, eis aqui apenas um pensamento movido por um espírito idealista.
Espírito idealista que com o tempo perdeu-se, pois infelizmente a sociedade não está preparada para assumir tamanha responsabilidade, infelizmente nossa sociedade ainda é individualista e mesquinha, infelizmente a nossa sociedade tem muito para aprender sobre o que vem ser de fato humanidade.
Nunca me esquecerei desse acontecimento; na vida de minhas retinas tão fatigadas, nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra...
São Luís, 01/11/2012
Aline Xavier Bras