terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Então é Natal



O homem e a sua capacidade de transformar tudo o que lhe aparece à frente; o homem e o seu dom de fazer com que tudo passe por um grande momento de consumismo extremo; e, o homem e a sua capacidade de deturpar o belo, tornando este um simples momento preenchido de banalidades, alcoolismo e até mesmo momentos de pura hipocrisia. Meu consolo, saber que dentro deste arsenal de eventos, algumas poucas almas salvam este instante tão especial, vivendo verdadeiramente o Natal.
O natal, no qual as pessoas deveriam fazer de sua cidade Belém, de suas casas o estábulo e de seus corações a manjedoura; não passa de mais um dia dedicado a se fazer muitas coisas, menos, o que de fato deveria ser feito: lembrar-se do Menino Deus.
 Então, é assim o natal...
Não me coloco aqui como alguém exemplo a ser seguido nesta data especial, pelo contrário, tenho muito que aprender dentro das minhas próprias vivências e comportamentos, pois sei que muito deixo a desejar quando se trata de virtudes e comportamentos verdadeiramente cristãos. Mas, também reconheço que dentro de minhas limitações, tento com afinco viver o verdadeiro natal dentro de mim, lembrando que o Natal acontece primeiramente dentro de nós.
Escrevendo este breve texto, escuto a radiola do lado tocando o tipo de música que realmente, quem tem o mínimo de bom gosto, jamais se disporia a ouvir tamanha ofensa. Mas o que posso fazer além de expor meus pensamentos aqui nesta pauta?
A cada dia fico observando o rumo que a sociedade em geral vem tomando, torna-se claro que não apenas o natal, mas a própria Igreja Católica terá que ser cada pessoa, ou seja, a Igreja e ações do catolicismo deverão acontecer em nossos corações. Isso me faz lembrar o que Cristo dizia a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” (Mateus 16, 18). A Igreja será nosso ser, nossa alma elevará a Deus, pois a Igreja que surge em nossos corações e que é praticado em nossos atos é a única Igreja que ninguém poderá derrubar. A Igreja será nossa alma, nós seremos Igreja dentro da Igreja. Quantos irão permanecer para comprovar o que digo serão bem poucos, ou, apenas os mais fortes e fiéis.
Mas, eu ainda acredito em mudanças, dentro de mim ainda resta uma esperança de que daqui a seis dias, uma mudança poderá acontecer, as pessoas podem mudar de conceito e adotar para si as práticas do cristianismo inicialmente pregado pelo próprio Emanuel. Utopia, talvez sim, mas “quem acredita sempre alcança” e “quem sempre esteve nunca pode partir” sem deixar uma mudança dentro do seu meio, do seu universo, da sua sociedade.
Então é Natal...
O Natal acontece dentro de mim!
São Luís, 25/ 12/ 2012
Aline Xavier Bras

sábado, 22 de dezembro de 2012

E mais um ano se vai...



Foi dito que o mundo se acabaria no dia 21 de dezembro, mas minha mente não concebia este pensamento, pois em um ano preenchido de resgate, superações e principalmente de fé, como poderia o mundo acabar sem eu ainda ter transmito tudo o que Deus me concedeu por meio do testemunho?
Creio fielmente de que nestes últimos dias de 2012, é necessário separar um momento para realizar uma retrospectiva de tudo o que se passou. Foi tido vitórias, que maravilhas; houve derrotas? Que maravilha, pois com elas você aprendeu que ser humano erra, mas, permanecer nos erros se dá pela falta de mudanças de hábitos. Você salvou vidas? Exagero? Jamais, pois se você viveu os princípios cristãos, você soube evangelizar pelos seus gestos, atos e postura, servindo de exemplos para muitos que querendo ou não puderam observar o novo em você, além da oportunidade de tomarem para si esta missão de se renovar espelhando-se naquilo que você foi, é e será.
Acredito que não existe ano ruim, o que existe é a falta de atitudes de muitos que buscam justificativas para a falta de sucesso pessoal, o que existe é uma acomodação de superar as próprias expectativas e tomar posse daquilo que foi dado, o que de fato existe é a imaturidade de tirar lições das dificuldades que estavam ali para que pudéssemos tomar posse e conduzir com sabedoria as mais diversas situações.
Digo que, com suas dificuldades e facilidades, com as alegrias e tristezas, com a vida e a morte, com os ganhos e perdas, este foi o melhor ano da minha vida, assim como 2011 e 2010. Afirmo isso, porque com suas diferenças, ainda respiro e tenho forças de continuar buscando as virtudes dadas por Deus; afirmo por que é preciso entender que não somos almas girando em torno do mundo, apenas vivendo os mesmos costumes como máquinas programadas para fazer uma única coisa. Somos seres de inteligência honrados com o dom de transformar tudo o que passa em nossas vidas e caminhos. Desta forma, saibamos fazer uma análise FOFA em nossas vidas para não repetir os erros passados e para viver vitórias futuras, pois mais um ano irá nascer, e junto a ele deve surgir um novo alguém disposto a ser uma grande pessoa dentro dos princípios cristãos.
Assim, afirmo que começando de agora, devemos desperta dentro de nós uma esperança de resgate da alma, de ousadia, de animo. É preciso afirmar que dentro de todas as perguntas que são lançadas sobre nós, diante de todas as tentações e desejos que nos ronda, devemos afirmar que nossa resposta é: SEREI SANTO!
Ser santo é uma decisão somente nossa, pois perpassa por nós o desejo de ser o oposto que o mundo nos últimos tempos tem almejado. Lembro que ser santo, é assumir a responsabilidade de viver conforme aquilo que a Igreja, na sua santidade anuncia. Não devemos ser os mesmo jovens e adultos de hoje, devemos ser algo mais. Devemos ser criaturas transformadas e transformadoras que não traem o evangelho que com sangue e alma foi pregado por Cristo. Precisamos imitar os grandes santos que renunciaram a si, para viver o desejo de suas almas. Foi fácil, concerteza não, mas afirmo bravamente que foi belo!
São Luís, 22/ 12/ 2012
Aline Xavier Bras

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Loucura da Cruz



É preciso dizer que em meio a tantas perseguições religiosas, a maioria das pessoas são loucas de amor por Cristo.
A alegria que a cruz causa em muitos cristãos é nada mais e nada menos que uma lembrança da qual precisa ser exercitada a cada dia do amor que tudo suporta. A cruz deixou de ser símbolo de tristeza, sofrimento e dor para torna-se em realidade que nos preenche de felicidade, que nos faz reconhecer que a dor é o passo quase que inicial para alegria da alma. A cruz da qual estamos atados é a cruz que nos liberta de nossas próprias limitações espirituais e humanas. Como dizia São Paulo, na esperança de assemelhar-se a Jesus: “eu vivo, mas já não sou eu quem vivo é Cristo que vive em mim.” (Gálatas 2, 19).
O mundo ver como loucura a devoção dos verdadeiros cristãos diante da cruz que séculos atrás representava condenação e sofrimento. Realmente parece ser loucura venerar uma cruz preenchida de sangue de um Deus que foi ferido, flagelado e exposto até a morte. Mas este pensamento limitado já não nos importa, pois apenas os loucos reconhecem dentro de nós a alegria inefável ao Amor que preferiu ser Crucificado por cada criatura humana.
Enquanto que no espaço de tempo, o mundo físico, moral e espiritual nos concedem felicidades passageiras e completamente limitadas a um breve espaço de tempo, a Cruz acaba por ir além, tornando-se “o alívio do desventurado, a esperança do moribundo. Na alegria ela enternece; na tristeza ela consola; até mesmo no cemitério, nas sombras da morte, a Cruz é um penhor de vida!”. Representa uma alegria gerada pela dor do arrependimento, pelo perdão dos pecados e principalmente pela conformidade em aceitar a vontade de Deus, uma vez que o nosso querer consiste em aceitar tudo aquilo que Deus nos coloca, de almejar profundamente que “a vontade de Deus seja o nosso paraíso”.
Desta forma, posso afirmar que não existe cristão verdadeiro sem uma cruz. Não existe porque todo cristão aceita carregar sua cruz constantemente a fim de aceitar a glória do céu. Conseguimos entender que é aceitando a cruz do sofrer, das dificuldades e escolher que abrimos a porta estreita que nos conduz ao céu. A cruz acaba por se tornar sinônimo de doação, de conciliação da fé e da razão, principalmente da imitação de um Cristo que entregou-se como oferta do mais puro e verdadeiro amor!
Assim, podemos ver que a loucura de aceitar a Cruz “é um verdadeiro remédio, porque nos despoja do velho homem, restaura as partes nobres da nossa natureza, que só se purifica e regenera pela crucificação, isto é, pelo aniquilamento de suas partes más”.
Encerrando, afirmo que se ainda falta felicidade para o homem moderno, é porque este não soube aceitar a felicidade extraída do seu próprio sofrer, ou seja, não soube aceitar A LOUCURA DA CRUZ.

 São Luís,04/12/2012
Aline Xavier Bras