“Prefiro errar
com a Igreja do que acertar sem ela.” (Santo Agostinho). A grande questão aqui
é que a Igreja não erra jamais e sim os servos que estão nela.
Hoje eu quero
falar do incondicional amor que alimento por minha doutrina, do amor eminente
que tenho pela Santa Igreja e o quanto me encontro feliz por fazer parte desta
família que se denomina Católica Apostólica Romana!
Mas, o fato
de amar não quer dizer que irei fechar os olhos para as falhas cometidas pelos servos
que nela estão; pelo contrário, não posso me calar, pois nunca iremos corrigir
os erros e falhas que foram cometidos ao longo do tempo. A Palavra é bem clara
quando diz que “e conhecerei a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8,32).
Percebe-se claramente que a Santa Igreja, ao longo do tempo soube reconhecer as
falhas cometidas pelos servos em seu nome e é este reconhecimento que faz com
que Ela permaneça firme e forte até hoje.
Diante do
amor e respeito que alimento por minha Igreja, confesso que é muito mais
doloroso ter que reconhecer nossas falhas e escrever, atentando os servos para
seus próprios atos, do que me colocar apenas na posição de leitora. Mas, quando
escrevo criticando, não é com o intuito de magoar e mostrar que eu sou a certa,
pelo contrário, eu nunca estou certa, e se eu tiver que errar junto a igreja,
faço minha as palavras de Santo Agostinho. Mas se eu posso fazer algo, se eu
posso apresentar a realidade de nossos comportamentos aos católicos, porque não
expor essa verdade, fazendo com que cada um olhe para seus próprios atos?
Porque não refletir sobre o que fazemos e deixamos de fazer? Por que não
motivar os leigos que servem à Santa Igreja e instigá-los a viver uma entrega
total como leigo ou como religioso? Não pense que quando falo eu me excluo,
pelo contrário, minhas palavras antes de ser direcionada ao outro, é
direcionada a mim. Uma mãe que bate em seu filho diante de um erro ama menos do
que a mãe que permite que seu filhinho continue errando para não fazê-lo
chorar? Garanto que a mãe que bate no seu filho para que ele não erre mais ama
mais do que a mãe que consente com o erro pra não fazer seu filho chorar.
Jovens, se eu
erro, eu desejo que venham conversar comigo e me esclareçam onde errei. Sou
humana e cheia de falhas, mas é preciso compreender que ao decidir amar,
decidimos também suportar o sofrimento que um amor pode causar. Quando decidi
ser Católica Apostólica Romana, decidi também servir à minha Igreja sobre todas
as coisas, segui-la e defendê-la diante de toda e qualquer situação. É assim
que crescemos, é assim que permanecemos em pé diante de tantos ataques e é
assim que encontramos a salvação de nossa própria alma. É desta forma que
acontece a edificação da Santa Igreja fundada por Cristo.
Aqui, quero
explanar um pouco do meu amor, aqui quero reafirmar que eu vivo, mas antes de
reconhecer que estou viva, reconheço que Cristo vive em mim, pois tenho lutado
por isso a cada dia, e sei, diante de todas as experiências que tenho tido que
eu me encontro atada a este amor sublime e incondicional que me perdoa todas as
vezes que me prostro e clamo misericórdia infinita. Aqui quero pedir que todos
os que me conhecem, que ao ver meu erro, avisem,converse comigo e me ajudem a
ser a cada dia uma cristã fiel à Santa Igreja e àqueles que a servem.
Que diante do
amor, todos os que eu ofendi possam me perdoa. Que diante do amor, todos
aqueles que erraram possam reconhecer seus erros e tentar concertá-los; que
diante do Amor, cada servo, cada leigo, cada religioso possa continuar dando
seu sim, possa continuar disposto a carregar no peito uma cruz, possa continuar
seguindo sobre toda e qualquer circunstância o Cristo nu, possa continuar
honrando e seguindo a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Que diante do
amor, não fechemos os olhos para nossos próprios erros. Que diante do amor,
possamos sair da superficialidade do servir e do amar e mergulhar nas
profundezas do coração de nosso Senhor Jesus.
São Luís,05/05/2012
Aline Xavier Bras
Nenhum comentário:
Postar um comentário