sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Roubaram de mim...




Nesta tarde sagrada
Roubaram de mim a pouca felicidade que sentia...
Roubaram de mim a pouca força que em mim prevalecia...
Roubaram de mim sem por que e nem pra quê
Apenas roubaram de mim...
E me fizeram assim:
Fraca quando estava forte
Triste quando estava alegre
Vazia quando me sentia cheia de euforia
Apagada quando me sentia iluminada
Sozinha quando me sentia acompanhada
Roubaram de mim sem por que e nem pra quê
Apenas roubaram de mim...
E me fizeram assim...
Neste dia que chega ao fim.
Eu quero ir embora, pra não mais sofrer
Pra não sentir dor e não me esconder
Eu quero ir embora, pra longe de todos
E ficar perto do Tudo
Quero ir embora porque roubaram de mim
O prazer da alegria que ganhei neste dia
Quero ir embora, ir pra bem longe...
Mas tenho que ficar e suportar
O que em minha volta há.
Hoje, na tarde que ainda não se fez noite
É preciso me trancar e voltar a pensar...
Apesar de terem roubado de mim o que existia
Eu quero recomeçar e tornar a cantar
A canção que vai me confortar:
Eu sei que é difícil esperar
Mas Deus tem um tempo pra agir e pra curar
Só é preciso confiar
Se a cruz lhe pesa
Não é pra se entregar
Mas para se aprender a amar
Como alguém que não desiste.
A dor faz parte do cultivo desta fé
E só quem sabe o que se quer
Quem luta para conseguir ser feliz.
Não desista do amor, não desista de amar
Não se entregue a dor porque ela um dia vai passar
Se a cruz lhe pesou e quer se entregar 
Tal como Cireneu, Cristo vai lhe ajudar.”
São Luís, 19/ 06/ 2010
Aline Xavier Bras

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