quinta-feira, 14 de abril de 2011

O MUR em minha vida


 "Lágrimas rolaram pra estarmos aqui e pra continuarmos o que pode vir. Queremos ver Jesus. Não Basta olhar, esperar pra crer, tem que abraçar para acontecer. Se estás aqui, pode ser um sol a brilhar..."


Eu não lembro bem a data, mas foi em 2009 que a minha vida começou a ser aos poucos inserida em um movimento que iria mudar meu jeito de ser e de pensar. Posso afirmar aqui, que naquele exato momento a “terra” de meu ser estava sendo preparada para receber algo, algo que só hoje sei o que é.
Lembro como se ainda fosse hoje, duas jovens magras andavam distribuindo pela universidade um pequeno papel. Das mãos delas eu não recebi, por que estava distante e ocupada, mas o destino queria que aquele papel viesse parar em minhas mãos.
Sentada em frente à sala de aula, um papelzinho no chão me chama a atenção. Nele estava escrito o nome do GOU (Grupo de Oração Universitário) Kairós, com seus horários e dias. O papel joguei fora, mas o seu conteúdo ficou guardado de tal forma em minha cabeça que só tive paz quando resolvi ir neste GOU. Fui pra nunca mais esquecer. Não era possível estar todas as quartas lá, mas na medida do que me era permitido, fazia-me presente, porque algo lá me incomodava, me preenchia, ouvia o que precisa ouvir.
E vejamos as artimanhas que o Senhor possui em agir em nossas vidas, de fazer seu chamado sem alardes, de forma mansa e humilde. Certa vez na RCC, (Renovação Carismática Católica) um sábado, estava eu lá e alguém era abençoado porque assumiria a coordenação de um novo GOU que surgiria na UFMA. Era alguém familiar aos meus olhos, alguém que já tinha visto. Milena estava ali de joelhos perante todos, recebendo a unção de ser enviada a coordenar o Beracá. Isso me levou a procurar menos motivos pra não ir ao GOU nas quartas. Milena guardou minha pessoa como uma irmã. Hora e outra, eu era gritada na rua: “Aline, ei minha irmãzinha! Como você está?” E quantas e quantas vezes essa jovem não me ouviu, me aconselhou na caminhada religiosa. Em meu celular, as mensagens de formações, Gouzões e outros sempre chegavam, mas era tão pouco freqüentadora que nem me importava.
O ano passou e 2010 chegou e junto a ENJRJ(Encontro Nacional de Jovens No Rio de Janeiro) também. Preparei-me para ir ao encontro, mas não era lá que Deus me queria. Deus me queria no ENUR (Encontro Nacional Universidade Renovadas). Eu perdi a vaga do EJRJ e dias depois, mesmo não sendo freqüentadora ativa do MUR (Ministério Universidades Renovadas), fui convidada a fazer parte desse encontro que mudou pra sempre minha vida como serva do Senhor. Desde o ENUR, eu não sei quem eu era só sei quem eu hoje sou: alguém mais do que sedenta de Deus. Eu encontrei uma família, amigos que são irmãos e uma madrinha, e hoje diante do desejo que os Luquinhas do ENUR plantaram em mim, de “Construir uma civilização de amor” eu afirmo com todas as palavras que já não sei quem sou sem antes lembrar-me do meu Senhor!
O MUR, não mudou o que eu sou, ele simplesmente transformou de forma radical minha vida. Se hoje eu sei ler a Palavra como se deve, tenho conhecimento dos documentos da Santa Igreja Católica e conheço grandes santos, foi graças aos famosos Luquinhas, que em momento algum me deram as costas, pelo contrário, foi quando eu mais precisei que eles se encontraram ao meu lado, ensinando-me a ser humana, a ser conhecedora e não apenas mais uma a ocupar um lugar no banco de um lugar sagrado como a nossa Igreja.
Ministério Universidades Renovadas, fazendo juz ao seu significado de ministério (local onde tem sede às atividades ministeriais), tem exercido com bastante êxito sua função nas vidas de jovens universitários que assim como eu, em silêncio gritam socorro, em seus íntimos clamam que seja apresentada a verdadeira imagem e amor de um Jesus que de braços abertos entregou sua vida, derramando sangue e água.
São evangelizações, são RHUAIS, são doações de nós mesmos pelo próximo, são tantas coisas que não cabem em palavras serem citadas. É preciso ser um Luquinha de verdade para aprender e saber o que é ter uma vida transformada e renovada em Jesus.
São Luís, 11/ 04/ 2011
Aline Xavier Bras

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