domingo, 10 de abril de 2011

Desabafos de um dia....

Muitas vezes em nossas vidas é preciso colocar para fora tudo aquilo que nos fere a alma. Não para ser mimada por amigos ou para dá uma de "coitadinha" e "vítima". Os desabafos são para nos fazer pessoas melhores interior e exteriormente. O que trago no dia de hoje é um desabafo que vem aliviar a minha alma. Deixo claro uma coisa: eu sou feliz por que o meu Deus é um Deus vivo!



Já não quero pensar em coisas que me fazem chorar; já não quero lembrar do sonho que não chegou a se concretizar; hoje só quero viver o exato presente sem a presença do passado e sem aguardar o futuro.
Essas são as palavras que encontro para definir o que em parte quero agora. Neste exato momento fujo para não absorver a gota d’água que me levou a viver o deserto interno de minha alma, fujo da dor que habita meu coração e tenta a todo custo se insinuar em traços que definem a minha face. Hoje, novamente me vejo tentada a ser aquela peregrina solitária e insegura que acha que vai encontrar “conforto” em um canto escuro do quarto ou do quintal, longe de todos e de tudo; completamente fechada para o novo e aberta para o velho, na esperança de que este se torne novamente presente em minha vida.
Se em todo deserto existe um oásis, eu quero encontrá-lo para enfim perscrutar em meu sofrimento a oportunidade de mudar meus hábitos, minhas atitudes e tudo que se tornou velho e comum em minha. Momentos são apenas momentos, é preciso acabar com o que simplesmente já se acabou. É preciso aceitar o começo, o meio e o fim de fatos que fizeram parte de minha história.
O mundo continua fazendo sua rotação; os dias continuam tendo vinte quatros horas; a primavera continua vindo após o outono e depois da tempestade sempre vem o sol. Então, se as folhas do outono de minha vida já caíram por completo, porque não se alegrar com a primavera que irá enfeitar de cores e perfumar com flores a estação de minha humilde vida? Está aberta para o que me oferecem de melhor, aceitar cada etapa que me leva a um caminho de cruz com a dor mais doce do mundo.
Neste desabafo, abraço esta pequena história como lição de vida:
O choro não é sinônimo de miséria, mas de coisas que ainda estão sendo podadas. Uma árvore que está com um galho a ponto de apodrecer, mas ficou tanto tempo com seu galho que já não se vê sem ele; mas o desejo de um dia vir a gerar frutos é tão grande que ela permite o jardineiro cortar o seu amado galho. Essa árvore chora, porém, chegará uma hora em que não haverá mais choro porque não haverá, mas galhos a serem retirados.”
Jesus sacramentado, nosso Deus amado!
Aline Xavier Bras
São Luís, 02/ 12/ 2010

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