terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Então é Natal



O homem e a sua capacidade de transformar tudo o que lhe aparece à frente; o homem e o seu dom de fazer com que tudo passe por um grande momento de consumismo extremo; e, o homem e a sua capacidade de deturpar o belo, tornando este um simples momento preenchido de banalidades, alcoolismo e até mesmo momentos de pura hipocrisia. Meu consolo, saber que dentro deste arsenal de eventos, algumas poucas almas salvam este instante tão especial, vivendo verdadeiramente o Natal.
O natal, no qual as pessoas deveriam fazer de sua cidade Belém, de suas casas o estábulo e de seus corações a manjedoura; não passa de mais um dia dedicado a se fazer muitas coisas, menos, o que de fato deveria ser feito: lembrar-se do Menino Deus.
 Então, é assim o natal...
Não me coloco aqui como alguém exemplo a ser seguido nesta data especial, pelo contrário, tenho muito que aprender dentro das minhas próprias vivências e comportamentos, pois sei que muito deixo a desejar quando se trata de virtudes e comportamentos verdadeiramente cristãos. Mas, também reconheço que dentro de minhas limitações, tento com afinco viver o verdadeiro natal dentro de mim, lembrando que o Natal acontece primeiramente dentro de nós.
Escrevendo este breve texto, escuto a radiola do lado tocando o tipo de música que realmente, quem tem o mínimo de bom gosto, jamais se disporia a ouvir tamanha ofensa. Mas o que posso fazer além de expor meus pensamentos aqui nesta pauta?
A cada dia fico observando o rumo que a sociedade em geral vem tomando, torna-se claro que não apenas o natal, mas a própria Igreja Católica terá que ser cada pessoa, ou seja, a Igreja e ações do catolicismo deverão acontecer em nossos corações. Isso me faz lembrar o que Cristo dizia a Pedro: “Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.” (Mateus 16, 18). A Igreja será nosso ser, nossa alma elevará a Deus, pois a Igreja que surge em nossos corações e que é praticado em nossos atos é a única Igreja que ninguém poderá derrubar. A Igreja será nossa alma, nós seremos Igreja dentro da Igreja. Quantos irão permanecer para comprovar o que digo serão bem poucos, ou, apenas os mais fortes e fiéis.
Mas, eu ainda acredito em mudanças, dentro de mim ainda resta uma esperança de que daqui a seis dias, uma mudança poderá acontecer, as pessoas podem mudar de conceito e adotar para si as práticas do cristianismo inicialmente pregado pelo próprio Emanuel. Utopia, talvez sim, mas “quem acredita sempre alcança” e “quem sempre esteve nunca pode partir” sem deixar uma mudança dentro do seu meio, do seu universo, da sua sociedade.
Então é Natal...
O Natal acontece dentro de mim!
São Luís, 25/ 12/ 2012
Aline Xavier Bras

sábado, 22 de dezembro de 2012

E mais um ano se vai...



Foi dito que o mundo se acabaria no dia 21 de dezembro, mas minha mente não concebia este pensamento, pois em um ano preenchido de resgate, superações e principalmente de fé, como poderia o mundo acabar sem eu ainda ter transmito tudo o que Deus me concedeu por meio do testemunho?
Creio fielmente de que nestes últimos dias de 2012, é necessário separar um momento para realizar uma retrospectiva de tudo o que se passou. Foi tido vitórias, que maravilhas; houve derrotas? Que maravilha, pois com elas você aprendeu que ser humano erra, mas, permanecer nos erros se dá pela falta de mudanças de hábitos. Você salvou vidas? Exagero? Jamais, pois se você viveu os princípios cristãos, você soube evangelizar pelos seus gestos, atos e postura, servindo de exemplos para muitos que querendo ou não puderam observar o novo em você, além da oportunidade de tomarem para si esta missão de se renovar espelhando-se naquilo que você foi, é e será.
Acredito que não existe ano ruim, o que existe é a falta de atitudes de muitos que buscam justificativas para a falta de sucesso pessoal, o que existe é uma acomodação de superar as próprias expectativas e tomar posse daquilo que foi dado, o que de fato existe é a imaturidade de tirar lições das dificuldades que estavam ali para que pudéssemos tomar posse e conduzir com sabedoria as mais diversas situações.
Digo que, com suas dificuldades e facilidades, com as alegrias e tristezas, com a vida e a morte, com os ganhos e perdas, este foi o melhor ano da minha vida, assim como 2011 e 2010. Afirmo isso, porque com suas diferenças, ainda respiro e tenho forças de continuar buscando as virtudes dadas por Deus; afirmo por que é preciso entender que não somos almas girando em torno do mundo, apenas vivendo os mesmos costumes como máquinas programadas para fazer uma única coisa. Somos seres de inteligência honrados com o dom de transformar tudo o que passa em nossas vidas e caminhos. Desta forma, saibamos fazer uma análise FOFA em nossas vidas para não repetir os erros passados e para viver vitórias futuras, pois mais um ano irá nascer, e junto a ele deve surgir um novo alguém disposto a ser uma grande pessoa dentro dos princípios cristãos.
Assim, afirmo que começando de agora, devemos desperta dentro de nós uma esperança de resgate da alma, de ousadia, de animo. É preciso afirmar que dentro de todas as perguntas que são lançadas sobre nós, diante de todas as tentações e desejos que nos ronda, devemos afirmar que nossa resposta é: SEREI SANTO!
Ser santo é uma decisão somente nossa, pois perpassa por nós o desejo de ser o oposto que o mundo nos últimos tempos tem almejado. Lembro que ser santo, é assumir a responsabilidade de viver conforme aquilo que a Igreja, na sua santidade anuncia. Não devemos ser os mesmo jovens e adultos de hoje, devemos ser algo mais. Devemos ser criaturas transformadas e transformadoras que não traem o evangelho que com sangue e alma foi pregado por Cristo. Precisamos imitar os grandes santos que renunciaram a si, para viver o desejo de suas almas. Foi fácil, concerteza não, mas afirmo bravamente que foi belo!
São Luís, 22/ 12/ 2012
Aline Xavier Bras

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

A Loucura da Cruz



É preciso dizer que em meio a tantas perseguições religiosas, a maioria das pessoas são loucas de amor por Cristo.
A alegria que a cruz causa em muitos cristãos é nada mais e nada menos que uma lembrança da qual precisa ser exercitada a cada dia do amor que tudo suporta. A cruz deixou de ser símbolo de tristeza, sofrimento e dor para torna-se em realidade que nos preenche de felicidade, que nos faz reconhecer que a dor é o passo quase que inicial para alegria da alma. A cruz da qual estamos atados é a cruz que nos liberta de nossas próprias limitações espirituais e humanas. Como dizia São Paulo, na esperança de assemelhar-se a Jesus: “eu vivo, mas já não sou eu quem vivo é Cristo que vive em mim.” (Gálatas 2, 19).
O mundo ver como loucura a devoção dos verdadeiros cristãos diante da cruz que séculos atrás representava condenação e sofrimento. Realmente parece ser loucura venerar uma cruz preenchida de sangue de um Deus que foi ferido, flagelado e exposto até a morte. Mas este pensamento limitado já não nos importa, pois apenas os loucos reconhecem dentro de nós a alegria inefável ao Amor que preferiu ser Crucificado por cada criatura humana.
Enquanto que no espaço de tempo, o mundo físico, moral e espiritual nos concedem felicidades passageiras e completamente limitadas a um breve espaço de tempo, a Cruz acaba por ir além, tornando-se “o alívio do desventurado, a esperança do moribundo. Na alegria ela enternece; na tristeza ela consola; até mesmo no cemitério, nas sombras da morte, a Cruz é um penhor de vida!”. Representa uma alegria gerada pela dor do arrependimento, pelo perdão dos pecados e principalmente pela conformidade em aceitar a vontade de Deus, uma vez que o nosso querer consiste em aceitar tudo aquilo que Deus nos coloca, de almejar profundamente que “a vontade de Deus seja o nosso paraíso”.
Desta forma, posso afirmar que não existe cristão verdadeiro sem uma cruz. Não existe porque todo cristão aceita carregar sua cruz constantemente a fim de aceitar a glória do céu. Conseguimos entender que é aceitando a cruz do sofrer, das dificuldades e escolher que abrimos a porta estreita que nos conduz ao céu. A cruz acaba por se tornar sinônimo de doação, de conciliação da fé e da razão, principalmente da imitação de um Cristo que entregou-se como oferta do mais puro e verdadeiro amor!
Assim, podemos ver que a loucura de aceitar a Cruz “é um verdadeiro remédio, porque nos despoja do velho homem, restaura as partes nobres da nossa natureza, que só se purifica e regenera pela crucificação, isto é, pelo aniquilamento de suas partes más”.
Encerrando, afirmo que se ainda falta felicidade para o homem moderno, é porque este não soube aceitar a felicidade extraída do seu próprio sofrer, ou seja, não soube aceitar A LOUCURA DA CRUZ.

 São Luís,04/12/2012
Aline Xavier Bras

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Juventude em ordem de batalha




No mundo de hoje encontramos diversas culturas que levam à morte de uma sociedade que se perde dos caminhos da cristandade e da humanidade. Quem seria o exército a mudar esta triste realidade?
Levando em conta que os jovens de hoje serão os adultos de amanhã, vejo de forma bem clara que para tirar a nossa civilização da sombra da morte, reparar todas as percas que já tivemos e reconstruir as ruínas causadas por cada ação geradora de danos físicos, morais e espirituais, precisamos que a juventude católica esteja disposta a lutar pelo resgate de almas e pela recuperação das verdadeiras práticas cristã.
A juventude católica deve está em ordem de batalha para reconstruir sobre a base da verdadeira cristandade a sociedade que antes conhecia o seu valor, conhecia as práticas dos exercícios espirituais e exerciam a sua fé conforme os ensinamentos da Palavra. É preciso restaurar o modelo de família que perdemos, uma vez que a família é a primeira catequese a moldar um futuro adulto. Mas, qual foi o modelo de família que perdemos? Séculos atrás, uma família compreendia muito bem o compromisso que a circundava, compreendia que o matrimônio era um sacramento no qual marido e mulher firmavam um compromisso um para com o outro de respeito, deveres e obediência.
A juventude, assim como todos aqueles que se denominam católicos devem ensinar, mas antes de tudo resgatar a verdadeira doutrina ensinada por Cristo. É preciso que em ordem de batalha venhamos a lutar contra o laicismo que vem se impregnando na sociedade de forma avassaladora. O homem precisa entender que não é nada sem Deus e que, por mais imagem e semelhança que sejamos do Verbo, somos cercado de fragilidades. No todo, precisamos ter ciência de que todo o dom que nos foi dado, pode nos ser retirado, uma vez que querer-se tornar-se independente no que se trata de espiritualidade é uma atitude vã que leva a momentos de felicidade ou satisfação de desejos passageiros e superficiais. Então, reforço que por mais que o homem tenha a capacidade de construir e criar, tudo é dom que Deus nos deu.
Neste ato de resgate, talvez seja preciso se basear em um modelo antigo de sociedade. Épocas atrás, não só a família, mas a sociedade no todo vivia uma fé clara e bela, ou seja, todos faziam questão de deixar bem claro que no peito era carregada uma cruz, as paredes das casas eram preenchidas de imagens religiosas não com o intuito de adorar, mas de lembrar que aquele era o modelo a ser seguido para se chegar ao céu e a bíblia, as leituras eram sempre rotineiras e serviam de base para os ensinamentos dos filhos, ou seja, a base era sólida.
Desta forma, quando escrevo sobre juventude em ordem de batalha, vejo que estes são jovens que sentem saudades do céu, e que por sentir esta saudade colocam-se em posição de sentido para iniciar uma batalha de busca e resgate do céu que há dentro de cada ser humano. Nesta batalha, quem lidera este exercito disposto a lutar é a Igreja Católica Apostólica Romana, que nunca permanece surda aos apelos da humanidade. A igreja, por saber que nossos jovens são as chaves para o futuro cristão melhor, investe ardentemente nas formações do mesmo e os motiva a lutar por aquilo que acreditam. Nós, juventude em ordem de batalha acreditamos que uma família pode e deve ter fundamentos cristãos e que é por esta causa que nos colocamos em ordem de batalha, para lutar pela formação que nos conduz a caminhos retos, é por acreditar na Igreja que aceitamos e desejamos de fato nos tornar doutores da religião que não nos deixa cegos diante dos atos depressivos do mundo, mas nos conduzem a um caminho cercado de sabedoria, paciência, fé e preceitos do Evangelho.

São Luís, 08/11/2012
Aline Xavier Bras

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cruzada Contemporânea




            No mundo contemporâneo nos deparamos com diversas informações que direta e indiretamente influenciam o nosso caráter, pensar e até mesmo forma de se portar; pessoas mudam suas personalidades sem perceber, para adequar-se a um sistema moderno que chega a ditar regras à sociedade. Em outras palavras, venho afirmar que muitos, acabam por travar dentro de si uma batalha de consciência para adaptar-se a este meio social que de certa forma nos é imposto.
Nesta batalha, vale lembrar que não estamos sozinhos. A Igreja vem insistentemente abrindo nossos olhos para esse perigo; cristãos perspicazes que estão preocupados com o futuro da humanidade como o todo, têm apontado claramente o perigo social que definem a sociedade atual e futura. Vejo que alguns devem está se perguntando: que batalha é esta?
A mídia atual vem impregnando o nosso ambiente social de informações que deturpam a maneira correta e humana de se portar. São palavras com caráter ofensivo, são roupas que expõem o templo que é o nosso corpo, são atitudes que infelizmente chegam a colocar o nosso real valor em uma vala qualquer. Percebe-se de forma clara que há um incentivo à impureza, atitudes indulgentes, desvalorização de si. Ou seja, nossa sociedade passa por um distúrbio de moral no qual o mal se apossa e toma o controle da situação. Mas como cristã, me sinto no dever de expor este pensamento.
Você que é cristão, já parou para pensar de que forma você encara tantas informações lançadas pela mídia? Já parou para observar que nos últimos tempos houve uma mudança de valores morais e éticos? E qual sua postura diante deste fato que agride profundamente a nossa afetividade?
Desde já meus queridos, é preciso que compreendamos que nós, que nos denominamos cristãos passamos por uma constante batalha. Batalha do corpo e da alma, batalha que faz juz à nossa existência cristã de termos sidos criados por Deus. Mas como resistir a tudo isso? Como não se deixar seduzir pelas bem aventuranças que o mundo vem oferecendo diariamente? É preciso compreender que Deus não nos pede para viver fora de nossos tempos, muito pelo contrário, já dizia Beato João Paulo II: precisamos de jovens santos que usam calça jeans e comem hot-dog...! Ou seja, a própria Igreja nos dá meios e forças de vivermos a contemporaneidade sem perder a modéstia, sem perder a alegria que um parque de diversão ou um cinema tem a oferecer. Em outras palavras, a Igreja trabalha pelas almas, principalmente por aquelas almas que vivem em estado de graça, que de forma sobrenatural vive a preservação daquilo que temos de mais precioso: a castidade. Mas para isso, é preciso querer ser ajudado e saber resistir às tentações que nos rondam diariamente. Assim como o homem alegrou-se na lei de Deus, ao mesmo tempo, nos alegramos com a lei do pecado, não porque desejamos, mas porque somos fracos e a carne humana é frágil. Diante desta fragilidade, o inimigo acaba por nos bombardear com informações e situações que para muitos que não foram fortes, já se tornou algo natural e comum. Nisso, precisamos ser espertos e entender que nós somos capazes de resistir. Temos exemplos de santos que souberam dizer não, ter personalidade própria e cristã para resistir a tudo o que o mundo veio oferecendo ao longo de suas jornadas, ou seja, conseguiram ser o oposto que o mundo insistentemente veio querendo e quer. Diante de tudo o que já foi dito, venho afirma também que o real objetivo desta cruzada contemporânea é deixar claro que esta é uma luta que não pode ser evitada, pelo contrário, precisa ser vivida de forma intensa para que venhamos crescer espiritualmente; para provarmos que a virtude pode se opor ao vício. E asseguro aqui, que nesta batalha, sempre aparece aquele que mostra que tudo é possível e que não existe batalha que não possa ser vencida.
Desta forma, encerro afirmando que viver uma batalha com unhas e dentes é uma emoção. Viver a batalha do corpo e da alma é preencher-se de ações e momentos que gera uma adrenalina inesquecível de viver o oposto desejado pelo mundo, e como diz a canção, “e colidir com o mundo e ficar de pé”!
São Luís, 02/11/2012
Aline Xavier Bras

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Havia uma pedra...




Faz um bom tempo que eu não dou trela ao meu coração. O pobre coitado gritava sempre: “havia uma pedra no meio do caminho”, há uma pedra no meio do caminho!
Quem não conhece esse belíssimo poema de Carlos Drummond de Andrade? Pois é, o fato é que este poema para os dias de hoje ganha corpo, alma e até mesmo dor. Dor para quem é a “pedra” e dor para quem ver a pedra no meio do caminho: “Nunca me esquecerei desse acontecimento; na vida de minhas retinas tão fatigadas, nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra...
Preciso dizer a mocidade de hoje que a pedra tão citada pelo poeta é uma pedra de carne, osso e sentimento. Uma pedra que passa fome, frio, sede e vive exposta às mais diversas violências. Há uma pedra no meio de nosso caminho que é desprezada e algumas vezes vista como de fato fosse uma pedra. Eu pergunto, somos desumanos ou somos pedras para permanecermos inertes?
Quando voltava para casa, analisando cada pessoa que estava do lado de fora do ônibus, questionava porque ver tantas humanos passando necessidade me incomodava tanto. Porque não conseguia me acostumar com cenas típicas de quase todas as capitais, e porque mesmo sendo doloroso para mim, eu continuava sem fazer nada com relação a esta triste realidade. Certa vez escrevi sobre O choro do silêncio natalino, e mais uma vez verei que o natal é cercado de choros, choros do silêncio. São crianças e jovens nos sinais, segurando uma flanela qualquer para adquirir alguns trocados. Horas e horas debaixo do sol e no frio da noite para que na madrugada, tenha um trocado para saciar a fome do vício. Pobres pequeninos, que a cada dia perdem um pouco de suas vidas... Vejo logo nas calçadas, crianças que há muito deixaram de ser criança. Vejo meninas que se tornaram adultas de forma prematura e agressiva para consigo mesmas. São pequeninos que reviram o lixo em busca do pão que saciará uma parte da fome guardada há vários dias. Qual não foi a lágrima que rolou do meu rosto quando vi um pobrezinho encontrar uma batata podre e sair com um sorriso no rosto mastigando aquele resto como se fosse a melhor coisa do mundo...
No meio do caminho tinha uma pedra” que me fez pensar e repensar que a nossa sociedade precisa se tornar mais cristã. Onde estão as autoridades? Será que precisamos esperar pelo Estado? Porque não deixar nosso lado humano agir? Será muito mais prático um a um deixar-se seduzir pela ação doadora de si do que esperar apenas pelos “reais” responsáveis para que resolvam algo. Mas, eis aqui apenas um pensamento movido por um espírito idealista.
Espírito idealista que com o tempo perdeu-se, pois infelizmente a sociedade não está preparada para assumir tamanha responsabilidade, infelizmente nossa sociedade ainda é individualista e mesquinha, infelizmente a nossa sociedade tem muito para aprender sobre o que vem ser de fato humanidade.
Nunca me esquecerei desse acontecimento; na vida de minhas retinas tão fatigadas, nunca me esquecerei que no meio do caminho tinha uma pedra...
São Luís, 01/11/2012
Aline Xavier Bras

domingo, 28 de outubro de 2012

Tudo o que me resta




Meus pensamentos são sempre muito enigmáticos e por diversas vezes me pergunto como tantos pensamentos podem dominar minha mente de uma só vez. Nisso, conteúdos para serem partilhados se perdem, pois nunca consigo transcrevê-los da forma como eles intensificam-se dentro de mim. O fato é que hoje me questionava durante a Santa Missa: o que me resta?
Ainda em minha juventude, concerteza ou aparentemente me resta muitas coisas, mas diante de todas as experiências que já vivi e ainda tenho para viver, o que me resta é algo que venha preencher a minha alma não de forma passageira, mas de uma maneira profunda, única e eterna. Eterna sim, a ponto de ser passado de geração em geração. Quem é o pai que não tem uma história de infância para narrar? Quem é o avô que não guarda grandes lições de vida para seus netos? Isso, em parte são momentos que restaram a eles e que de certa forma se eternizaram e continuam a se eternizar. E a mim, o que resta? Vejo de forma singela e até mesmo puritana que dentro da minha vida de altos e baixos; de quedas e otimismo; de fraqueza e fortaleza e principalmente dentro da minha caminhada na Igreja Católica Apostólica Romana, que o que me resta de fato é amar a Deus sobre todas as coisas.
Amar porque ao longo da minha trajetória busquei de forma torta e algumas vezes reta as coisas do alto. Busquei de um jeito jovial a alegria da minha juventude que consistia em atos que não eram individualistas, mas doadora. Confesso que muitas vezes, diante de minha fraqueza fui egoísta (não propositalmente, mas por inocência) não só para com o próximo, mas principalmente para comigo mesma, porque foi em mim que mais doeu cada passo torto dado na estrada da vida.
Por sua vez, sabemos que nesta estrada VIDA não caminhamos sozinhos, sempre tem aquele que se destaca e nos dá uma sacudida que nos desperta para a vida. E que despertar! Eu sei que eternamente guardei a certeza de que eu encontrei um amor perfeito, um amor que é insubstituível, mesmo que eu venha me apaixonar por um rapazinho. Isso, porque se apaixonar por um rapaz é diferente de se tornar uma alma completamente apaixonada por Deus.  Então, meu questionamento é: o que temem os homens a essa entrega total ao Amor de toda a vida? Por que não se desprender da mísera corrente do apego para entregar-se ao que existe de mais belo neste mundo?  A resposta é única: covardia!
Doeu? Foi forte demais essa palavra? Pois lamento dizer que se doeu, é porque meu objetivo foi alcançado. Você que não aprendeu amar a Deus e que não compreende que a única coisa que te resta de fato é amá-Lo, é porque infelizmente você é um mero mortal covarde no ato de violentar-se no amor de quem realmente o ama! Digo violentar-se porque o ato de amar requer renuncias, requer entrega e requer sofrer, pois quem ama sem sofrer profundamente, nem ao menos conhece o real sentido do amor.
O amor de Deus tem a capacidade de nos fazer humanos; o amor divino penetra nas entranhar de nossa carne para atingir o ápice da espiritualidade, renovando e inebriando nosso ser de uma felicidade que somente ao experênciar compreenderemos a dimensão do que resta ao amar quem primeiro nos amou. A quem podemos ir, quando Deus se faz a voz que nos dá vida? Se Deus é o amor que nos faz livres para escolhermos nossos próprios passos?
Oxalá os homens compreendessem que a nossa maior felicidade consiste naquilo que nos resta: Amar a Deus!

São Luís, 28/ 10/ 2012
Aline Xavier Bras

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A oração




           “Como a corça anseia pelas águas vivas, assim minha alma suspira por vós, ó meu Deus.” (Salmo 41, 02).
          Hoje amanheci como a corça que anseia por essas águas vivas. Amanheci querendo silêncio e imaginando qual a melhor forma de encontrar essa fonte de água viva e cristalina; de água que lava e purifica! E qual não foi minha surpresa quando de forma imediata e instantânea me veio a oração. Não que eu não soubesse, sei da importância que uma oração possui na vida de qualquer ser humano, mas fiquei imaginando que outras importâncias além das que eu já conheço possui uma oração bem feita.
             Como cristãos sabemos que a oração é um diálogo com Deus. Mas não é só isso. Uma pessoa que vive uma vida de profunda e intensa oração é uma pessoa que conhece a si mesma, é uma pessoa que de forma mais abrangente irá conhecer a Deus, é uma pessoa que conhece os seus amigos íntimos. É uma pessoa que tem sede e deseja contemplar a face do Pai.
             “Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando irei contemplar a face de Deus?” (Salmo 41, 03)
             Essa face divina só é contemplada quando no ápice da oração já não existe diferença entre humano e Divino, quando no êxtase de profundo liame salutar a nossa capacidade de Deus se manifesta. É neste momento em que cada um de nós reconhecemos sermos meros filhos de Deus há sermos envolvidos em seu poderoso abraço.
            Desta forma, a oração é o único meio de alcançarmos a verdadeira graça que almejamos e que faz bem a nós. Não basta apenas querer, é preciso colocar nas mãos do Pai, pois Ele sabe o que é melhor para cada um de nós. A oração é o meio de alcançarmos a salvação, pois é por meio dela que ganhamos forças para lutar contra o pecado e tudo o que nos deprime, é a oração o veículo de verdadeira felicidade porque ela nos conduz ao caminho do conhecimento e de elevação à nossa alma a Deus.  É a oração que dá sentido a todas as meditações que surgem em nossas mentes, é por meio dela que descobrimos o sentido real de tudo o que acontece em nossas vidas.
            Não te deprime minha alma, dobrai vossos joelhos e curvai vosso ser e vedes que Deus Pai nunca abandona uma criatura sua. Colocar-se em joelhos é unir-se corpo e alma com Aquele que nos ama de forma incondicional. Dialogai, buscai encontrar no seu íntimo a menor miséria do pecado, e livrai-se dela para que a tentação não nos corrompa de forma a destruir o melhor que temos.
            Como servo e como filho bem amado, juntai-se ao coro de anjos e erguei um grande louvor àquele que nos fortalece e que permite que tudo possamos alcançar por meio do clamor.
             Orar é abandonar nossas dores e unir nosso coração ao coração Imaculado de Jesus!

São Luís, 20/ 05/ 2012
Aline Xavier Bras

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Cuidado dos pais com os filhos



“Pecador por natureza, santo por vocação!”
Quero começar este momento afirmando que o futuro de toda e qualquer família são os filhos! Mas, como assim? Você consegue imaginar uma família feliz sem ter filhos? Eu vejo que um casal sem filhos é um casal solitário, não por não haver partilha e amor entre ambos, mas por ficar aquela impressão de que falta algo, e, um homem e uma mulher quando se unem matrimonialmente, não é só para viver uma linda história de amor, mas principalmente para procriar e expandir a sua geração; criando assim uma sociedade cercada de cuidados e zelos, ensinando que o amor filial e paternal é uma manifestação do amor de Deus em nossas vidas.
Frei Patrício imagina uma família sem filhos, como um jardim sem flores. Se formos analisar, há motivos para tal afirmativa. Os filhos são a alegria de uma família assim como as flores são para os jardins. Minha mãe costuma dizer que ter filho é deixar de pensar em si para pensar no cuidar daquele que saiu de seu ventre. É não mais dormir, é não mais pensar somente em si. No geral, ter filhos é pastorear!
Por isso a Palavra de Deus vai nos dizer o seguinte:
“Porque todo aquele que pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, se abrirá. Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celeste dará boas coisas aos que lhe pedirem.” (Mateus 7, 7-11)
Esta passagem se torna bela porque ela deixa clara a dimensão do amor de Deus, deixa claro que além de pai capaz de fazer qualquer coisa por seu filho, este, é o bom pastor que sabe que sua ovelha precisa de proteção e orientação. O cuidado de Deus é o cuidar do Bom pastor. Todo pai é chamado a ser pastor de seus filhos, que muitas vezes são cegos e por serem cegos e muitas vezes fracos, precisam de orientação.  
“E, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?”
Ninguém sabe mais das necessidades do seu filho do que o pai. O Pai, em seu cuidar atenderá as vontades do seu filho quando for o melhor, mas também dirá não quando for necessário. O pai, em seu cuidar irá exortar, irá brigar, irá corrigir, mas isso porque ama e sabe identificar o que é melhor para seu filho!
E qual nossa função de filhos diante dos cuidados do pai? Sabendo que o pai é aquele que sente saudades de nosso abraço, que sente saudades constantes de seus filhos, precisamos entender que temos que confiar plenamente naquele que nos dá a vida. Temos que decidir rasgar nosso viver e entregar tudo nos braços do Pai, pois é ele quem melhor irá nos direcionar e diante de nossos erros e limitações, incompreensão e indiferença, ainda assim, de braços abertos o Pai nos aceitará e não perguntará por onde andamos e o que fizemos e num abraço de Pai nos acolherá.
São Luís, 18/05/2012
Aline Xavier Bras

domingo, 6 de maio de 2012

Amor Incondicional




“Prefiro errar com a Igreja do que acertar sem ela.” (Santo Agostinho). A grande questão aqui é que a Igreja não erra jamais e sim os servos que estão nela.
Hoje eu quero falar do incondicional amor que alimento por minha doutrina, do amor eminente que tenho pela Santa Igreja e o quanto me encontro feliz por fazer parte desta família que se denomina Católica Apostólica Romana!
Mas, o fato de amar não quer dizer que irei fechar os olhos para as falhas cometidas pelos servos que nela estão; pelo contrário, não posso me calar, pois nunca iremos corrigir os erros e falhas que foram cometidos ao longo do tempo. A Palavra é bem clara quando diz que “e conhecerei a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8,32). Percebe-se claramente que a Santa Igreja, ao longo do tempo soube reconhecer as falhas cometidas pelos servos em seu nome e é este reconhecimento que faz com que Ela permaneça firme e forte até hoje.
Diante do amor e respeito que alimento por minha Igreja, confesso que é muito mais doloroso ter que reconhecer nossas falhas e escrever, atentando os servos para seus próprios atos, do que me colocar apenas na posição de leitora. Mas, quando escrevo criticando, não é com o intuito de magoar e mostrar que eu sou a certa, pelo contrário, eu nunca estou certa, e se eu tiver que errar junto a igreja, faço minha as palavras de Santo Agostinho. Mas se eu posso fazer algo, se eu posso apresentar a realidade de nossos comportamentos aos católicos, porque não expor essa verdade, fazendo com que cada um olhe para seus próprios atos? Porque não refletir sobre o que fazemos e deixamos de fazer? Por que não motivar os leigos que servem à Santa Igreja e instigá-los a viver uma entrega total como leigo ou como religioso? Não pense que quando falo eu me excluo, pelo contrário, minhas palavras antes de ser direcionada ao outro, é direcionada a mim. Uma mãe que bate em seu filho diante de um erro ama menos do que a mãe que permite que seu filhinho continue errando para não fazê-lo chorar? Garanto que a mãe que bate no seu filho para que ele não erre mais ama mais do que a mãe que consente com o erro pra não fazer seu filho chorar.
Jovens, se eu erro, eu desejo que venham conversar comigo e me esclareçam onde errei. Sou humana e cheia de falhas, mas é preciso compreender que ao decidir amar, decidimos também suportar o sofrimento que um amor pode causar. Quando decidi ser Católica Apostólica Romana, decidi também servir à minha Igreja sobre todas as coisas, segui-la e defendê-la diante de toda e qualquer situação. É assim que crescemos, é assim que permanecemos em pé diante de tantos ataques e é assim que encontramos a salvação de nossa própria alma. É desta forma que acontece a edificação da Santa Igreja fundada por Cristo.
Aqui, quero explanar um pouco do meu amor, aqui quero reafirmar que eu vivo, mas antes de reconhecer que estou viva, reconheço que Cristo vive em mim, pois tenho lutado por isso a cada dia, e sei, diante de todas as experiências que tenho tido que eu me encontro atada a este amor sublime e incondicional que me perdoa todas as vezes que me prostro e clamo misericórdia infinita. Aqui quero pedir que todos os que me conhecem, que ao ver meu erro, avisem,converse comigo e me ajudem a ser a cada dia uma cristã fiel à Santa Igreja e àqueles que a servem.
Que diante do amor, todos os que eu ofendi possam me perdoa. Que diante do amor, todos aqueles que erraram possam reconhecer seus erros e tentar concertá-los; que diante do Amor, cada servo, cada leigo, cada religioso possa continuar dando seu sim, possa continuar disposto a carregar no peito uma cruz, possa continuar seguindo sobre toda e qualquer circunstância o Cristo nu, possa continuar honrando e seguindo a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. Que diante do amor, não fechemos os olhos para nossos próprios erros. Que diante do amor, possamos sair da superficialidade do servir e do amar e mergulhar nas profundezas do coração de nosso Senhor Jesus.
São Luís,05/05/2012
Aline Xavier Bras

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Bote Fé São Luís




Lágrimas rolam por toda a minha face; se fosse papel, o registro estaria se desmanchando à medida que cada palavra fosse escrita, pois não há como conter o choro de alegria e de transformação que domina todo o meu ser e me dá a certeza de que realmente eu não sei me identificar sem antes lembrar de nosso Senhor.
Os tempos mudaram e hoje o MUR cravou no deserto da Universidade Federal do Maranhão a CRUZ. A cruz, diante do ÍCONE DE NOSSA SENHORA fizeram cair por terra toda a razão que ultrapassa a fé; hoje, nada além da fé prevalece neste lugar onde o conhecimento tenta passar por cima do amor de um ministério que visa construir uma civilização que clama a presença de Deus vivo.
Foram dias de grandes esforços por parte de todos os luquinhas e servidores que abraçaram essa causa. Dona Beth toda empolgada chamando todos os colegas de trabalho para viverem esse momento único; dona Zezé que ao lado de dona Beth confirmava: é isso mesmo, venha ver essa juventude que carrega cravada no peito uma cruz de amor! Professora Bia que não mediu esforços em nos ajudar com o cerimonial, e o que dizer de nosso reitor? Hoje ele testemunhou que em sua sala já há um crucifixo que além de está em sua parede, está também em seu coração. E assim, poderia escrever centenas de páginas exemplificando com pessoas as graças que em nossa universidade foram derramadas.
Mas estou aqui para deixar claro algo que nosso Beato João Paulo II dizia: “Todo homem é capaz de Deus” e hoje, conseguimos ver de forma clara a nossa capacidade de Deus; hoje a nossa fé tornou-se mais digna, pois ela foi liberta de todo o peso de nossa humanidade.
Então, que palavras além de gratidão MUR posso relatar? Nunca pensei que fosse ver pessoas de toda nossa universidade de joelhos, prostradas diante da cruz. Pessoas que cantavam, choravam e gritavam “no peito eu levo uma cruz”.
E aqui, com o coração palpitando, choro mais ainda ao lembrar cada momento de batalha e intercessão. Cada momento em que muitos nos barraram porque tínhamos e temos coragem suficiente de sermos católicos apostólicos romanos que servem à Renovação Carismática Católica! Milena, gratidão por você um dia ter aparecido em minha vida, e além de aparecer, fez questão de prevalecer, cuidando de mim como uma mãe cuida de uma filha. Amada minha, se não fosse tua persistência eu jamais viveria o céu que hoje vivi. Gratidão àqueles que seguiram os passos de Milena e também ficaram dentro de mim: Nivaldo Junior, minha madrinha Maya, Larissa, Olga, Mariana, Isaías, Eulina, Dira, Luís, Felipe (Stuart Little preferido), Danilo, Aurélio, Socorro, Alisson e a minha mais nova irmã Fernanda. Não tenho palavras para agradecer meus jovens, meus tesouros, meus fiéis pelicanos. O mínimo que posso fazer neste momento é continuar seguindo os seus passos, os seus exemplos e deixar-me consumir cada vez mais e mais pelo Cristo nu! E não esquecendo os meus filhos mais novos: Kayque (valeu a pena correr toda a UFMA por você), Clariana, Juliana, Arthur, Claudiane, Clauciane, Geiza, Gizelda, Kleyton, Érika... meus lírios do Verbo Encarnado do Pai, sempre regarei com o amor de alma esponsal cada um de vocês. Gritem por mim sempre que precisarem, pois eu estarei pronta a atendê-los, a regar o mais belo de todos os jardins (sinto muito dizer, mais ninguém tem jardim mais belo que o meu!)
E assim, muito mais gostaria de comentar, mas faltam palavras. Creio que meus atos por eles respondem o quão grande amor sinto por todos
Eterna gratidão!
Aline Xavier Bras
GOU Sopro de Deus

quinta-feira, 22 de março de 2012

Confia no Senhor


Feche seus olhos, imagine que você estar em um barco em alto mar. O vento se torna cada vez mais forte e o medo começa a surgir; de longe, em meio à tamanha ventania você enxerga o Senhor e sai andando sobre as águas. Neste exato momento você está sendo como Pedro, que confiou no Senhor e olhou apenas nos olhos de Jesus, o nosso porto seguro.



Nesta tarde, vim para falar da confiança no Senhor e pergunto: Você confia no Senhor? Você tem buscado conhecer o Senhor para enfim poder confiar plenamente na segurança que somente Ele transmite?
Percebem que Pedro, o discípulo amado tinha uma grande confiança em Jesus naquele momento e foi essa confiança que permitiu fazer com que ele superasse o próprio medo e se lançasse em alto mar. Mas a confiança só surge por meio de uma segurança decorrente de uma intimidade, e Pedro tinha essa intimidade com Jesus, algo que Pedro já vinha desenvolvendo a muito tempo, não é à toa que Pedro era o discípulo amado. Havia um cativar de Jesus em relação a Pedro. Você conhece o seu Deus, o Deus que você anuncia?
Feche seus olhos e cante comigo: “Te conhecia Senhor somente em palavras, mas hoje meus olhos te viram e em cada passo comigo estás.”
Jovens, não podemos mais brincar de amar a Deus, não podemos mais viver na superficialidade do amor de Deus. Jesus nos amou de uma tal forma que em uma cruz foi capaz de morrer. O único desejo Dele é simplesmente a sua confiança, a sua fé Nele, mas infelizmente, o chagamos, esquecemos de orar, de conversar com Ele.
Quando deixamos de confiar em Deus, quando vacilamos na fé, começamos a afundar no imenso mar dos problemas e dificuldades que surgem em nossos caminhos, as tempestades da vida. Então, afundamos e como sempre Jesus vem nos segurar pela mão e mais uma vez ferido Ele repete aquela frase que é como uma lança transpassada em seu peito: “homem de pouca fé, por que duvidaste?”

São Luís, 20/03/2012
Aline Xavier Bras