Em toda a história da humanidade nunca houve nada mais belo e
contemplativo do que a oração do rosário quando feita com devoção. É um abrir mão
de todas as coisas para mergulhar em uma narrativa que nos leva a sentir o
gozo, a dor, a glória e a iluminação dos mistérios que regem a vida Daquele que
nos ama!
Sendo formado no segundo Milênio, na região do Ocidente, o Rosário é
uma das orações preferidas dos religiosos católicos, pois ele trás consigo a
capacidade de nos fazer contemplar toda a vida de Cristo, elevando a alma de
quem o reza a Deus. O rosário produz frutos de santidade, nos impulsionando por
meio do Espírito Santo a afirmarmos com toda a força de nossa a alma que Cristo
é o caminho, a verdade e a vida.
Apesar de ser regido de orações marianas, o rosário tem como único
objetivo “deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e
na experiência da profundidade do seu amor”, pois Maria tem como meta,
levar-nos ao seu filho amado.
É notável que a presença da
Virgem em cada mistério é uma forma de pedir a sua poderosa intercessão em
nossas vidas a fim de que futuramente obtenhamos a graça ao olhar
embevecidamente para cada passo de nosso Senhor assim como ela o fez. Desta forma,
conforme explicitado na Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte: “recitar o
rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo”. E neste
recitar, Papa João Paulo II afirmava que “o rosário, quando descoberto no seu
pleno significado, conduz ao âmago da vida cristã, oferecendo uma ordinária e
fecunda oportunidade espiritual e pedagógica para a contemplação pessoal,
formação do Povo de Deus e a nova evangelização” [1].
Em uma época onde a oração dos leigos encontra-se em crise, o rosário
tornar-se uma expressão de fé a ser resgatada, pois há quem diga que o mesmo
foge à liturgia, além de trazer em si um caráter ecumênico. Mas Papa João Paulo
II abre nossos olhos, esclarecendo que “esta oração não só não se opõe à
Liturgia, mas serve-lhe de apoio... ao recolher seus frutos na vida
quotidiana”. Quanto à natureza ecumênica, “o Concílio delineou: um culto
orientado ao centro cristológico da fé cristã, de forma que, honrando a Mãe,
melhor se conheça, ame e glorifique o Filho...”
Em tempos de guerras, lembrar o Rosário é trazer à memória a aparição
de Nossa Senhora de Fátima que pedia a oração do terço pela paz mundial. É
saber reconhecer a urgência da atualidade e correr aos braços do Pai por meio
da recitação do Rosário, firmando um compromisso de “serviço à paz”. É reconhecer que a exemplo da Mãe do Salvador,
alimentamos a nossa alma de instinto meio que maternal, cujo olhar fixo ama,
adora e espera Naquele que é simplesmente o mais puro e verdadeiro Amor.
São Luís, 22/05/2013
Aline Xavier Bras
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