sexta-feira, 24 de maio de 2013

Refletindo o santo Rosário...



 
Em toda a história da humanidade nunca houve nada mais belo e contemplativo do que a oração do rosário quando feita com devoção. É um abrir mão de todas as coisas para mergulhar em uma narrativa que nos leva a sentir o gozo, a dor, a glória e a iluminação dos mistérios que regem a vida Daquele que nos ama!
Sendo formado no segundo Milênio, na região do Ocidente, o Rosário é uma das orações preferidas dos religiosos católicos, pois ele trás consigo a capacidade de nos fazer contemplar toda a vida de Cristo, elevando a alma de quem o reza a Deus. O rosário produz frutos de santidade, nos impulsionando por meio do Espírito Santo a afirmarmos com toda a força de nossa a alma que Cristo é o caminho, a verdade e a vida.
Apesar de ser regido de orações marianas, o rosário tem como único objetivo “deixar-se introduzir na contemplação da beleza do rosto de Cristo e na experiência da profundidade do seu amor”, pois Maria tem como meta, levar-nos ao seu filho amado.
 É notável que a presença da Virgem em cada mistério é uma forma de pedir a sua poderosa intercessão em nossas vidas a fim de que futuramente obtenhamos a graça ao olhar embevecidamente para cada passo de nosso Senhor assim como ela o fez. Desta forma, conforme explicitado na Carta Apostólica Novo Millennio Ineunte: “recitar o rosário nada mais é senão contemplar com Maria o rosto de Cristo”. E neste recitar, Papa João Paulo II afirmava que “o rosário, quando descoberto no seu pleno significado, conduz ao âmago da vida cristã, oferecendo uma ordinária e fecunda oportunidade espiritual e pedagógica para a contemplação pessoal, formação do Povo de Deus e a nova evangelização” [1].
Em uma época onde a oração dos leigos encontra-se em crise, o rosário tornar-se uma expressão de fé a ser resgatada, pois há quem diga que o mesmo foge à liturgia, além de trazer em si um caráter ecumênico. Mas Papa João Paulo II abre nossos olhos, esclarecendo que “esta oração não só não se opõe à Liturgia, mas serve-lhe de apoio... ao recolher seus frutos na vida quotidiana”. Quanto à natureza ecumênica, “o Concílio delineou: um culto orientado ao centro cristológico da fé cristã, de forma que, honrando a Mãe, melhor se conheça, ame e glorifique o Filho...”
Em tempos de guerras, lembrar o Rosário é trazer à memória a aparição de Nossa Senhora de Fátima que pedia a oração do terço pela paz mundial. É saber reconhecer a urgência da atualidade e correr aos braços do Pai por meio da recitação do Rosário, firmando um compromisso de “serviço à paz”.  É reconhecer que a exemplo da Mãe do Salvador, alimentamos a nossa alma de instinto meio que maternal, cujo olhar fixo ama, adora e espera Naquele que é simplesmente o mais puro e verdadeiro Amor.

São Luís, 22/05/2013
Aline Xavier Bras




[1] Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae.

Nenhum comentário:

Postar um comentário